2013-08-30

HÁ IDEIAS QUE MARCAM...
...sobretudo quando proferidas por verdadeiros líderes. 

Hoje, por exemplo - e a propósito da minha crónica no Jornal Beirão (escrita na terça-feira) - destaco esta de Vital Moreira:-"Regionalização está morta e sepultada. Não vale a pena contar com o sapato do defunto"!
O caso é que o tema está consagrado na CRP...e até parece que ninguém jurou defendê-la - a Constituição!





A TÁTICA DO QUADRADO...
...ou de como perduram – e podem até perpetuar-se – os discursos (e as obras) com substância.

          Ficou na história uma célebre frase de Kennedy, dita em Berlim – cidade dividida pela “Guerra Fria” – Ich bin ein Berliner; tal como ficou na memória do mundo civilizado o vigoroso “grito” de Martin Luther King – I have a Dream – proferido em Washington, no final de uma grande marcha pelos direitos cívicos e políticos dos negros nos EUA, realizada faz agora 50 anos.
          A “substância” – o que está por debaixo, o essencial, o mais importante – desses dois momentos, foi e tem sido identificada pelo seu aspeto mais propagandístico, mais do tipo slogan, mais promessa. Sendo real, sem dúvida, parece ter sido esquecido ou menorizado o papel da mensagem. E no caso de Luther King, importa agora reter a “leitura” de José Luís Garcia – professor de Ciências Sociais na Universidade de Lisboa – ao realçar que a mensagem “é uma grande peça da oratória cívica democrática e não marketing político”.
          Na nossa ordem interna, e por oposição a Kennedy e a Luther King, o que temos? A mediania mais baixa, sobretudo em Passos Coelho e mesmo em Cavaco Silva. Este, com a agravante de ocupar a mais alta posição do Estado e, por isso, ter a obrigação de olhar igualmente para todos os portugueses respeitando e fazendo respeitar a Constituição. Falando e agindo quando deve. Intervindo com oportunidade. Contudo – e sinceramente – alguém, algum dia, se virá a lembrar de uma ideia, de uma simples frase com impacto na vida dos portugueses e com origem no actual PR? Mais do que duvidar, tenho a certeza que não! O que Cavaco Silva vai deixar como herança não irá além da presunçosa e negativa frase “nunca tenho dúvidas e raramente me engano”! Não se vê nestes homens, nestes políticos portugueses, um mínimo rasgo de génio, uma luzinha onde se possa projetar a simples e evidente ideia de que o mundo gira e avança. E ao PR, para ser eleito, basta uma promessa:- cumprir e fazer cumprir a CRP.
          Nesta perspetiva, o que nos resta? Rejeitando a hipocrisia e a política rasteira dos arranjos partidários para atingir a posição de deputado – o que deveria ser uma prática política nobre – talvez nos reste ainda uma ponta de dignidade no poder local, apesar de alguns [felizmente poucos] maus exemplos revelados desde o 25 de Abril de 1974. O caso é que, nos últimos mandatos, o número tem vindo a subir exemplarmente. Agravado agora com a tentativa saloia de alguns pretenderem perpetuar o seu poder, fintando a lei de limitação de mandatos.    
          E por aqui, pretendo chegar a este tempo de pré-campanha eleitoral para as «Autárquicas», onde a substância tem primado pela ausência. O que se lê e se ouve, então? As maiores banalidades – quando não ilegalidades – do tipo das alegadamente praticadas por Menezes, no Porto, e por mais uns quantos candidatos espalhados pelo país, sem contar com a referida triste figura dos chamados “dinossauros”.
          Promessas são muitas e para todos os gostos apesar da “crise”. Nos grandes centros é quase tudo a papel químico no que respeita à baixa de IMI, IRS ou Derrama, mas no interior esquecido e cada vez mais desertificado – onde os municípios continuam sendo os maiores empregadores – é muito pequena a margem de manobra. Destaco, assim, o “arrojo” do presidente da Câmara de Arouca ao anunciar que a autarquia vai complementar com mais 50% o salário base dos médicos de família que aceitem ocupar as quatro novas vagas do Centro de Saúde local. Eleitoralismo...ou resposta realista ao desagrado e protesto das populações pela falta de médicos? Estes evitam Arouca porque os acessos são maus. Como cativá-los então, se o poder central se demite dessa função, não cuidando, sequer, de melhorar os acessos? Talvez não seja caso para dizer que o autarca de Arouca “tem um sonho” à dimensão do que teve Luther King – que seria muito provavelmente apenas melhores estradas e mais emprego – mas as populações que recorrerem no futuro ao Centro de Saúde e lá tiverem um médico para as atender, certamente se vão lembrar do que agora foi dito. A “mensagem” terá passado, apesar de tudo. Se não para o poder central, pelo menos para as populações.
          E por muito que tenhamos a tentação de “castigar” os políticos e os partidos tradicionais com o chamado voto nulo, nestas eleições de 29 de Setembro, será de bom senso não o fazer. Votemos, mesmo que seja nas candidaturas designadas como independentes. Deixemos o protesto do voto para 2015, já que foi essa a vontade de Cavaco Silva. 
António Bondoso
Jornalista – CP nº359.


António Bondoso
Agosto 2013.

2013-08-23


Quem dera que o Mundo fosse Mundo...sem buracos negros e gozando em pleno a natureza.


Foto Eduardo Ribeiro
QUEM DERA! (A Publicar)

Se tudo fosse límpido
Como as águas transparentes dos ribeiros
Descendo a serra
Em plena primavera...
Os humanos seriam flores
Coloridas e viçosas
Desabrochando esperança nos prados
E até nos lameiros mais viscosos
De um país a morrer com dores.
============
António Bondoso (A Publicar)

António Bondoso
Agosto de 2013

2013-08-20

À VOLTA DE MIM...E DO MUNDO! 

O GRUPO DOS OITO, A FESTA DE S.LOURENÇO/AUTO DE FLORIPES (OU FLORÍPEDES) NA ILHA DO PRÍNCIPE - EM AGOSTO - O NOTÍCIAS À TERÇA E ESCRAVOS DO PARAÍSO. 


QUEM NUNCA LÁ FOI...PERDEU MOMENTO ÚNICO.
Saboreiem estas linhas escritas por Carlos Dias.


A PROPÓSITO... veio-me à lembrança o ano de 1966. "O mês de Agosto passava leve-leve, a gravana temperava um pouco o tórrido calor do Equador, e os «oito» sonhavam acordados(...)" esperando pelo regresso a S.Tomé no navio patrulha da Marinha de Guerra portuguesa. Que uma inesperada falta de peças foi retardando. Recordem comigo o que escrevi em ESCRAVOS DO PARAÍSO (2005, MinervaCoimbra)...começando em "Por cortesia do Sr. Amaral...": 


Aos "oito" (A.Bondoso, Almeidinha, Carlos Bondoso, Catulo, Carlos Heitor, João Rodrigues, José Luís Rocha, e Sebastião Correia) juntaram-se para uma partida de futebol o Alvarinho, Jaimito, Prudêncio Rita e Umbelina ( outros jovens estudantes em S.Tomé, igualmente de férias no Príncipe).

A meio da viagem...o grupo ficou desfalcado de Sebastião Correia - chamado para o serviço militar em Angola, na EAMA e nos Comandos. 
Do grupo...já fomos privados da companhia terrena de Carlos Heitor (o 1º a contar da esqª) e de João Rodrigues (o 4º a contar da direita). 



2013-08-18


HA DIAS ASSIM...
DEPOIS DE CELEBRAR A VIDA COM FAMILIARES E AMIGOS, HÁ SEMPRE UM TEMPO DE REFLETIR NO NOSSO "SER E ESTAR"!


ESTAR E SER... (A Publicar)

Prisioneiro de um calendário que não marquei
Nasci assim
Como quem sou e estou.

E por muito que medite, interrogue, questione...
Ninguém responde melhor
Que as palavras que me nascem na ideia
Apegando-se a valores que me resistem
E se entranham
Quase de cor
Nesta vida em que sou...e em que estou!
======== António Bondoso (A Publicar)


António Bondoso
Agosto de 2013.

2013-08-16



A PROPÓSITO DA MINHA CRÓNICA DE HOJE NO JORNAL BEIRÃO - AS NOTÍCIAS NUM CORAÇÃO INTERIOR.


O Presidente da República não pode - não deve - funcionar como uma mera "estação de correios". Receber da  AR ou do Governo, já com destinatário referenciado, e limitar-se a enviar a quem de direito - O Tribunal Constitucional. 

 A TÁTICA DO QUADRADO...
...ou de como a ausência de ética e de princípios na vida pública vai matando o país. Se não quiserem chamar-lhe corrupção ou tráfico de influências, leiam apenas “adequada forma de vida”!

          Tem-se escrito uma novela acerca das candidaturas autárquicas envolvendo alguns presidentes de câmara que, pela longevidade de funções em determinado município, são conhecidos pela simpática designação de “dinossauros”. Que, tentando escapar à lei da vida e à lógica democrática, procuram quase eternizar-se no poder num outro “poiso de sonho”!
          E pelos vistos a novela vai evoluir para um filme de longa metragem – tantas são as discrepâncias na interpretação da lei – podendo mesmo transformar-se numa saga de terror.
          Não me espanta que haja atores disponíveis para desempenhar o tal papel de apego ao poder. Muito menos me espanta que haja tribunais a interpretar “o espírito da lei” – juízes tentando colocar-se no pensamento do legislador – quando o grande trunfo do legislador, deputados à AR ou o(s) Governo(s), é exatamente o de conseguir que o texto (letra) e o espírito da lei não sejam claramente coincidentes, dificultando a tarefa dos juízes.
          O que me espanta – e enoja – é que se tente transformar a questão num problema de lei. É uma falsa questão. O problema é fundamentalmente moral e ético. Num país onde a Constituição, que é a lei fundamental, não se cumpre ou se ignora, para quê levar o assunto aos tribunais e – em última instância – ao Tribunal Constitucional? Com que moral, com que ética, com que justiça vão os juízes decidir...se eles próprios estão ou foram colocados acima da lei? Um Estado que, através de leis, cria ou tenta criar estatutos diferentes para alguns dos seus cidadãos – e os juízes foram apresentados como alguns dos que iriam escapar aos cortes anunciados para a função pública e aposentados da CGA – não é uma pessoa de bem. Assim, sem equidade, se vai construindo uma “adequada forma de vida”. E por cenas como esta vai morrendo o que conhecemos como Estado de Direito. Não basta que o PR, de vez em quando [e tendo, como disse e repetiu, uma completa informação sobre os mais diversos assuntos da vida do país], obrigue os juízes do TC a horas extra. O que é importante é que ele assuma as suas responsabilidades de agir como “garante da Constituição”. E esta função não é propriamente a de um mero corta fitas.
          Por outro lado, não é decisivo que quem governa ou quem legisla o faça debaixo de telhados de vidro. Fundamental, determinante, é que o faça com JUSTIÇA! E essa justiça já engloba, naturalmente, caráter, honra, coluna vertebral.
          Tática para opor os que “não podem” a este “estado de coisas”, nem o Santo Nuno Álvares Pereira – com toda a inspiração divina – conseguiria sonhar e transpor para o campo de batalha.
António Bondoso
Jornalista – C.P. 359.
Agosto de 2013

António Bondoso
Agosto de 2013.


2013-08-12


HOMENAGEM  A MONSENHOR JOAQUIM DIAS REBELO
... por ocasião da celebração das Bodas de Ouro Sacerdotais.

“Um grande líder: na Igreja, na Escola, na Vida – sempre ao serviço do bem-comum” (Alcides Sarmento); “Um gigante”! (José Eduardo Ferreira). “Moimenta da Beira sempre foi um Centro Cultural da Região” (Joaquim Dias Rebelo). 


          Num dia de muito calor e rodeada de incêndios –mas também de festas religiosas – Moimenta da Beira, pela ação do Município, associou-se à celebração das Bodas de Ouro Sacerdotais de Monsenhor Joaquim Dias Rebelo, prestando-lhe uma homenagem pública no Salão Nobre da Câmara.
          Como disse Francisco Cardia – uma homenagem municipal a uma vida, dedicada ao sacerdócio, à educação e à cultura. O vice-presidente do executivo moimentense leu uma carta de sua mãe – professora do homenageado – que nele percebeu desde sempre um olhar vivo, olhar de promessa futura.
          Pároco de Vila da Rua, Professor em Moimenta, Vigário Geral da Diocese de Lamego e Patrono da Confraria da Maçã Portuguesa – Joaquim Dias Rebelo foi polifacetado por Alcides Sarmento como “inteligente, simpático, conciliador e tolerante”. O presidente da Assembleia Municipal de Moimenta da Beira – aluno do homenageado – salientou as duas últimas facetas para dizer que a Vila da Rua lhe deve sobretudo o bem precioso que é a Paz e a Concórdia entre os homens, sabendo-se que a Rua nem sempre foi uma Paróquia fácil.
          A estes “atributos” de Joaquim Dias Rebelo, acrescentou o Presidente do Município a generosidade e a humildade – qualidades que fazem de Monsenhor Joaquim Dias Rebelo “um gigante”, pois tudo o que fez pelo concelho fê-lo com mais vontade e mais interessado do que muitos outros. Moimenta não é hoje o que é – acrescentou José Eduardo Ferreira – por um simples acaso. Tem sido e é o que se vê “graças a homens como Joaquim Dias Rebelo que deu 50 anos de dedicação à vida do município”. Por isso...”esta homenagem tão pequenina mas tão merecida, como dificilmente haverá outra”!
          Por último, o homenageado agradeceu o que considerou “desproporcionados elogios”, antes de apelar às autoridades locais para que “nunca consintam que Moimenta da Beira perca a «marca» de Centro Cultural da Região”, iniciada há muitos anos com o funcionamento do Externato do Infante D.Henrique – “um arauto da democratização do ensino”, só generalizada com a revolução de Abril de 1974. O Externato “deu sempre lugar a todos os que quiseram estudar”.
          Joaquim Dias Rebelo, por tudo isto, disse ainda que “a sua passagem por Moimenta não foi fugaz: quarenta e cinco anos de Padre e mais de trinta como Professor” – missão para a qual, frisou, foi incentivado pelo Padre Bento da Guia.
António Bondoso – Jornalista.
11 de Agosto de 2013

António Bondoso
Agosto2013

2013-08-02



PERTENÇAS...

A PROPÓSITO DA MINHA CRÓNICA DE HOJE NO JORNAL BEIRÃO.

Dulce Maria Cardoso,andando "EM BUSCA D'EUS DESCONHECIDOS"*, escreveu: "Tenho muitas vezes a sensação de não pertença. Percebo que de facto só pertenço aos meus pensamentos. Pertencemos aos nossos pensamentos. Para escaparmos do que somos temos de pensar de outra maneira. Mas não temos controlo em muito do que pensamos. Estamos condenados ao que somos capazes de pensar". 

Com esta pequena citação/introdução, pretendo despertar a vossa atenção para um problema que nos divide e há de questionar sempre o facto de sermos ou termos nascido portugueses em várias partidas do mundo.


*Revista GRANTA. Portugal,I. 2013. Pgs 11-24.

A TÁTICA DO QUADRADO...
...A circunstância de ser e de sentir, ou de como a naturalidade e/ou a nacionalidade podem conferir direitos e deveres, mas não obrigam a sentimentos de pertença. Recordando uma recente sondagem e algumas reações sobre o “sentir-se europeu”.
          Há tempos, no facebook, li o que entendi como desabafo de um dos “supostos” meus amigos – desabafo comprensível mas que, conhecendo as origens, me custou a aceitar – a propósito das circunstâncias que o afastaram da vivência na sua terra, no seu país: “sou português por opção forçada”. Entendi, mesmo sendo difícil perceber o paradoxo. Poderia o meu “amigo” ter optado por ser cubano, russo, espanhol, congolês ou angolano. Infelizmente para ele – “expulso” ou “rejeitado” que foi no seu país – veio viver para Portugal, onde, felizmente, tinha e terá ainda muitos familiares e alguns amigos. Contudo, a sua integração não foi fácil, quer tenha sido devido aos antecedentes próximos que motivaram a sua vinda, quer tenha sido pelas circunstâncias algo complexas do mercado de trabalho nesse tempo. Como são hoje, de resto, para muitos milhares de portugueses que não conseguem escapar à saída da “emigração”. Que, podendo de algum modo ser “forçada”, não deixa de ser uma opção. Menos paradoxal, mas certamente uma opção. E que, por outro lado, “obriga” muitas vezes a assumir a nacionalidade do país de acolhimento – quando isso é permitido. Passam a ter uma ligação de direito e de facto, mas não necessariamente de sentimentos. E a inversa, talvez não no caso do meu “amigo”, também pode ser verdadeira. Como no meu caso, por exemplo.
          Não renegando as raízes do nascimento, pode dizer-se que me sinto português, mas muito dificilmente me sinto europeu. E tenho a nítida consciência de que não estou só nesta história. Tendo vivido em S.Tomé, em Angola e em Macau, posso – talvez sem exagero – reclamar aquela usual designação de “cidadão do mundo”! Mas, não fugindo à questão, direi simplesmente que me sinto “moimentense” com orgulho, mas seguramente mais “africano” do que europeu ou, pelo menos, mais “atlântico”.
          Não me sinto europeu, quando a História me confronta com a tradicionalmente difícil relação de vizinhança com os espanhóis de Castela e Leão ou com a “retórica velha aliança” com os ingleses – eles próprios mais “ilhéus” do que europeus; não me sinto europeu, quando vejo a forma egoísta, insensível e de manifesta má-fé como a UE tem vindo a tratar os “países do sul” – particularmente a Grécia e Portugal – no combate à presente crise; não me sinto europeu, quando vejo perdido o grande sentido de solidariedade que motivou os grandes líderes da construção europeia como foi Jacques Delors; não me sinto europeu, quando há uma Comissão Europeia – despida de legitimidade democrática – a dizer que vivo acima das minhas possibilidades e que a minha “pensão” vai muito para além do que mereço, por ter trabalhado para o Estado durante mais de trinta anos, por ter efetuado descontos no salário mensal pelo velor máximo exigido (cerca de 43%) e depois de ter cumprido quase quatro anos de serviço militar obrigatório; não me sinto europeu apenas por poder viajar nas estradas europeias já que, em Portugal, ainda demoro duas horas e meia a percorrer os 140 quilómetros que medeiam entre o Porto e Moimenta da Beira [li há tempos que as populações de Sernancelhe, não se sentindo Durienses, se recusavam a ser assistidas no Hospital de Lamego pois as estradas eram más]; não me sinto europeu, apenas por poder beber vinho de boa qualidade – como dizia o eurodeputado do PSD Paulo Rangel – ou por poder saborear a excelente cerveja Super Bock, produtos que gozam de idêntica qualidade em outras partes do mundo, vindo à memória por exemplo a Cuca em Angola ou até a Tsingtao da República Popular da China.
          Não fui ouvido para essa eurosondagem mas, se tivesse sido, diria sem complexos e sem sofismas – e nada preocupado com o politicamente correto – que me sinto português de Moimenta da Beira, onde nasci, e do Porto, onde vivo e trabalho habitualmente há muitos anos...mas a Europa – sobretudo enquanto União – nada me diz. O “Atlântico Moreno” (Adriano Moreira) a par da Beira a sul do Douro é o mundo do meu olhar e do meu sentir.
António Bondoso
Jornalista – C.P.359
Agosto de 2013.


António Bondoso
Agosto de 2013