2018-06-10

10 DE JUNHO: TODOS OS DIAS…OU SÓ DE VEZ EM QUANDO?
Ou de como um livro de 1953 nos transporta a uma aventura arrojada em 1924…com a ligação aérea Portugal-Macau.***


Neste dia... o que celebramos é a ousadia, a vontade, o empenho, o conhecimento – uma forma de ser e de estar! E a tudo isso juntamos, porque é intrínseco, as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e Camões – o simbolismo da «Língua» que facilmente poderíamos estender a Bocage, Gil Vicente, Rodrigues Lobo, António Vieira, Garrett, Herculano, Camilo, Eça, Ramalho, Junqueiro, Pessanha, Florbela, Aquilino, Torga, Nemésio, Sophia ou Saramago, para além de tantos outros que souberam louvar e elevar este traço comum que uniu e une povos diversos. 



E da ousadia que foi construir um país independente e, mais tarde, restaurar essa independência para, depois, mostrar uma visão do mundo e tentar ir acompanhando os avatares da História – quero eu hoje lembrar a universalidade dessa forma de ser e de estar, indo de Portugal a Macau com a tenacidade dos aviadores Sarmento de Beires e Brito Paes em 1924. 


. No monomotor «Pátria» foram de Vila Nova de Milfontes a Bagdad, voando ainda até Bhudana – local do acidente que os obrigou a recorrer a um novo aparelho a que chamaram «Pátria II». A nova rota foi, assim, de Lahore a Shum-Chum e Macau, num total final de 17.570 quilómetros e de 117 horas de voo. 


*** O livro, de Sarmento de Beires, em 2ª edição, DE PORTUGAL A MACAU, foi-me gentilmente oferecido pelo Sr. José Faria, aluno da Universidade Sénior Aprender a Viver/CES Pedras Rubras, na Maia.

António Bondoso
Jornalista
Junho de 2018.  

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