2010-06-04

À VOLTA DE MIM E DO MUNDO !


QUANDO OS JORNALISTAS SE DEIXAM (OU QUEREM MESMO) INSTRUMENTALIZAR.

Acontece todos os dias. E porque já é habitual, quase nem damos por isso.

Mas - como diz a canção - HÁ DIAS ASSIM !
Não me espanta a "cruzada" de certa comunicação social contra a força e o brilho do F.C. do Porto.
Espanta-me é que certos "órgãos" e certos "jornalistas façam e se disponham a fazer a mando dos seus "chefes", estranhas figuras num mundo dito normal.

Que título, que bomba, que manchete arranjou A Bola para o dia do anúncio do novo treinador dos azuis e brancos. Para uma "notícia" (?) no condicional e quase anónima, com muito poucas palavras, aquele "jornal" (?) titula que o F.C. do Porto não convenceu Jesus - mas depois nada confirma, nada afirma, e arranja uma "entidade" que terá contactado Jesus ( não o menino, que esse é puro) para uma mudança de ares.

Só anti-jornalismo? Não. É tudo o que queiramos significar como anti ! Da ética ao negócio, do ganha-pão de cada um ao verdadeiro profissionalismo.

Dói-me ver uma antiga referência do jornalismo português perder credibilidade a cada minuto que passa. Ai Vitor Santos !

Também me espanta o "entusiasmo" com que o Conselho Deontológico abraça certas situações, ignorando praticamente outras - bem mais graves - só pelo facto de umas renderem mais impacto, como o tema dos gravadores que envolveu um deputado.

Temos um Sindicato que se pretende auto-transformar em Ordem, mas que não é capaz de transmitir aos seus associados um clima próximo da verdade, da tranquilidade, da transparência de processos, de "ordem".

Quando se entra numa "guerra", e antes de tomar partido, é preciso estar na posse de todos (ou no máximo possível) os indicadores. Não só para alinhar na contenda, mas sobretudo para saber que há uma saída possível e sem mancha.

Mas os manipuladores da comunicação social querem tudo! Provocar as guerras, entrar nelas e quase sempre aos zigue-zagues e, por fim, sair de cena como se nada fosse. Querem ser mais políticos do que os políticos, mais polícias do que as polícias, mais professores do que os educadores, mais empresários do que os patrões, mais economistas do que os próprios, mais médicos do que aqueles que verdadeiramente o são !

Quando tudo querem ser...não passam de "fantoches". Sempre a mando de alguém.

A inversa também não deixa de ser verdadeira! Mas é um assunto para outras linhas. Como o caricato que é ter já dois primeiros-ministros (embora só um viaje por enquanto)...ou como o grave que é fazer tábua rasa da Constituição, caso do sr ministro das finanças. Jorge Miranda já o escreveu, mas parece ninguém ter notado. Estamos num plano cada vez mais inclinado. Sabemos apenas isso e pouco mais. Não há rumo, não há caminho - vamos indo a corta-mato!
E já nem a figura do Presidente da República nos acalma. A sua eventual reeleição não pode estar acima dos interesses de uma Constituição que jurou defender!

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