ÁRVORES DA MINHA INFÂNCIA
Grandes de porte
Frondosas de sombra
Raízes rompendo esventrando o chão
Húmidas hastes rastejando em bruto.
As árvores da minha infância
(na sua maioria)
Parece terem hibernado
E depois acordado
De um sonho mal contado.
Robustas e morenas
Centenárias e serenas
Aspirando o Sol ,
Projectam a sombra nos passeios da Ilha
Protegem quem passa
E nunca repara
Nos gestos de carinho
Das folhas e flores,
Ramos enlaçados em velhos amores
Memórias salientes de veias curtidas
Tropeçando em mim
No peito dormidas
Sonhadas jardim
Infância suspensa!
AB. Em "Seios Ilhéus" - 2010.
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