A
MINHA DEPRESSÃO não se chama Diana
Ou
de como passei a ter mais 250 razões para não voltar a exercer o meu direito de
voto neste país da treta.
Foto do JN
Como eu teria gostado de ver os mesmos
250 deputados – os do PS que me perdoem – a votar para «obrigar» o governo a
repor os cortes na reforma/aposentação desde 2011. Supondo que lá estariam
todos, não fosse algum – ou muitos – a «emprestar» a password para outros
votarem por eles.
O que se passou hoje na AR foi o cúmulo
da falta de vergonha dos designados «eleitos pelo povo». Os «professores» dão
votos – e arrastam outros departamentos da função pública – ao contrário dos
aposentados que, infelizmente, não têm condições para reivindicar seja o que
for. Os próximos atos eleitorais não podem valer tudo.
Para mim, seguramente, não terão
qualquer valor. Nenhum partido, nenhum movimento merecem hoje a minha
aprovação. Por morrer uma andorinha não acaba a primavera, é verdade, mas faço
questão de marcar o meu ponto de vista. Sendo certo que o meu (não) voto pouca
diferença fará no resultado final de uma qualquer eleição, é seguro que a minha
consciência – resultado do meu carácter – ficará em paz. E que os eleitos sejam
muito felizes, independentemente de saberem – ou não – o significado das
palavras solidariedade ou justiça. E a propósito desta última, sempre recordo
que um homem acaba de ser condenado a ano e meio de prisão por ter «roubado»
seis euros! E os milhares de milhões que continuam a passear-se por aí?
Foto do JN
António Bondoso
Jornalista
Novembro de 2018.
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