Mãe! Completarias hoje 100 anos, se o destino não tivesse tropeçado!
Mãe:
Não
poderei levar-te uma rosa.
Mas
neste dia em que celebrarias o teu centésimo aniversário estarás, como sempre,
no meu coração. E no meu pensamento. E nas minhas palavras. As quais, espero,
possas entender à distância.
HOJE (RE) NASCESTE!
Tu me
trouxeste
Protegido
Me
pegaste com leveza
E
cobriste, suave, com carinho.
Foi um
amor aquecido
Desde
sempre
Acompanhando
atenta
Os meus
desvios.
Estiveste
comigo em permanência
E ao
colo me levaste à ilha longe
Pensando
estar ali todo o futuro.
Lutaste
e sofreste num tempo outro
De calor
e humidade refrescante.
Foste
mulher inteira e imperfeita
E uma
doce mãe preocupada
Como as
ondas do mar que sempre vão
Mas
retornam à praia por encanto.
Depois
veio a dor
No tempo
da meia vida
No
Equador
E nem
soubeste.
E mesmo
quando a dor já era grande
Do
tamanho de uma idade que não tinhas…
Partiste.
Não
importa como e quando
Pois
hoje…nasceste!
E a cada
hora que passa
Tenho
lembranças de ti
Mãe…
Por
vezes sinto uma dor no peito
Mas
outras há em que
Vejo uma
estrela aqui!
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Momentos.
Momentos nossos, de ti e do menino que fui…ou de como se pode assinalar,
virtualmente, o centenário da mãe real que tive.
António Bondoso
15 de Março de 2019
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