III Congresso Mulheres de STP em
Portugal
2022.
Nada mais desafiante do que ser um homem a falar da «mulher». Particularmente nestes dias em que se prepara uma iniciativa de envergadura, com a realização do III Congresso das Mulheres Santomenses em Portugal – que vai decorrer no dia 18 no Forum Lisboa.
Aproveitando o
mote da reunião – “O Contributo do Legado Africano para a Construção de uma
Sociedade Global” – basta dirigir-me
À MULHER SANTOMENSE.
…Nela revejo as
mulheres de todo o mundo!
E como labutam as mulheres africanas. E como sofrem. E como se erguem em tempos difíceis, nunca desistindo. Desde o começo do mundo. E embora possam duvidar do presente complexo, renovam a alma e dão sempre uma outra oportunidade à Esperança.
Especificamente
no dia 19 ou não, quer seja em Setembro ou em Maio, a mulher é uma bênção.
Recordo por exemplo Vinícius de Moraes na sua «Receita de Mulher» “…e em sua incalculável
imperfeição constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação
inumerável”.
Nesta ocasião, e nas mulheres que vão levando a «Mén Non», volto também eu a renovar votos de uma urgente «brisa fresca», rumo aos poderes que merecem sem esquecer o orgulho no passado.
Tudo
isto - o que escrevo e o que adivinho na qualidade dos intervenientes - coloco na memória de um Poema que já escrevi há uns anos (2015):
NO
DIA DEZANOVE…
As
mulheres
No
calor da luta
Souberam
empenhar-se
E
ajudaram a amassar todo o futuro
Que
sonharam.
Foi
apenas o início
De
um comprometimento imaginado
Atitude
alimentada pela força da razão
Que
os poderes
Então
expostos
Não
puderam acarinhar
Acalentando
a paixão.
E
o futuro adiado
Rasgou
o sonho desenhado
Nos
anos que pareciam ser abençoados.
Mas
as mulheres não desistiram
Engravidaram
E
foram parindo Fé
Num
tempo mais temperado
De
outras lutas e projetos
Realistas,
moderados,
Até
cinzentos
À
imagem destes dias incansados.
António Bondoso
(19 Set. 2015)
Setembro de 2022.
Sem comentários:
Enviar um comentário