ESPINHOS...
O castanheiro, frondoso
Marca a diferença na mata ao fundo do vale.
Mais ao lado fica o Tedo
Um fio de água corrente que chega cansado ao Douro.
Entre a sombra do castanheiro
E essa ribeira seca
Vivem seres dos mais estranhos
Rasteiros e deslizantes que se escondem entre as folhas
Fossudos e cabeçudos barulhentos quanto baste
Ou então de som matreiro
Como o lobo e a raposa.
Astúcia acima de tudo para além do natural
Na mata vive um país roído por muitos males
Seu remédio duvidoso não só tarda
É ilusão
Dos que choram e se lamentam à sombra do castanheiro
Sem ouriços sem espinhos
Um sonho eterno guardado.
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Agosto 2009
AB.
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