2012-08-08




***** Tenho estado a acompanhar, na TVI24, uma grande reportagem sobre os "efeitos" do petróleo no Delta do Níger. Nigéria tal e qual. 
De todos os inesgotáveis milhões...só 1 a 5% da população beneficia. Adivinhem quem ?????? 

           Por isso é que escrevi este poema, a pensar em S.Tomé e Príncipe: 




FORTUNA OU TEMPESTADE ?

Celêlê … celêlê…
Não ouves o ossóbô ?

É tempo de te abrigares
Da tempestade que chega.
Negros sinais se distinguem no horizonte
Rasgados pelo relâmpago
Com aviso dos trovões.
Não é magia, é certeza
De um novo modo de vida.

Celêlê… celêlê…
Não ouves o ossóbô ?

Não fiques preso no crude
Da maré negra que vem.
Levanta voo e repassa
Mensagem a todo o mundo:
Avisa garças e césias
Periquitos papagaios
Os pardais de bico lacre
Beija-flôr e andorinhas.
Canta o canto da conóbia
Sem temer o mau-agoiro
Ajuda Tomé-gágá disfarçado de guembú
Voa por cima do mar
Para avisar o gandú.

Celêlê … celêlê …
Não ouves o ossóbô ?

A chuva que traz o vento
Mais escura do que a noite
Decerto carrega ouro
Que não brilha nem reluz,
Vem ofuscar a lembrança
De uma vida mui feliz.
_______AB. EM Seios Ilhéus. 2010. Autor e Euedito.

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