ABRIL...SEMPRE À ESPERA !
***** Há uns anos ouvi dizer que eram necessárias novas flores para renovar Abril.
O caso é que o problema não está nas flores, antes nas cabeças daqueles que nos (des)governam há uns tempos a esta parte.
Um cravo é um cravo; um demagogo aprenderá a se-lo cada vez mais; um incompetente não merece respeito; um politiqueiro e aldrabão não tem lugar num país decente. Infelizmente o nosso está doente. E por isso...é preciso um recomeço.
E eu, sem mudar as flores, presto aqui homenagem ao arquiteto Carlos Marreiros, de Macau, que trabalhou uma belíssima serigrafia para celebrar os 25 anos do 25 de Abril. ( A foto abaixo, não faz justiça à beleza do quadro).
O RECOMEÇO...
É NECESSÁRIO UM RECOMEÇO...
É URGENTE UM RECOMEÇO...
(A Publicar).
O RECOMEÇO...
Abril começou de sangue e raiva
E de uma revolta assumida muito antes
Do som das botas militares
A marchar no asfalto das ruas da cidade.
E começou a florir antes dos cravos nos canos da G3
E antes do ruído dos tanques a crepitar nas pedras da calçada.
Abril começou na guerra
E nas palavras censuradas dos poetas.
Abril assimilou os gritos nas prisões
Que de noite, cela por cela
Prolongaram a dor até à madrugada.
Abril começou na emigração clandestina
Na fome das mulheres e de homens alquebrados
Na morte antecipada de visões e de projetos
Em pesadelos inquietos transformados.
Abril irrompeu no nevoeiro
Que escondia o pensamento em liberdade
Abril foi o sol das consciências
Ansiosas por chegar à felicidade.
E fomos felizes em Abril
E queremos em Abril continuar a ser felizes.
E se o sol não se apagar
Voltaremos a ver as estrelas a brilhar
Antes do tempo destinado à Primavera
E depois dele...
Como se outro tempo não houvera.
======== António Bondoso (A PUBLICAR)
O caso é que o problema não está nas flores, antes nas cabeças daqueles que nos (des)governam há uns tempos a esta parte.
Um cravo é um cravo; um demagogo aprenderá a se-lo cada vez mais; um incompetente não merece respeito; um politiqueiro e aldrabão não tem lugar num país decente. Infelizmente o nosso está doente. E por isso...é preciso um recomeço.
E eu, sem mudar as flores, presto aqui homenagem ao arquiteto Carlos Marreiros, de Macau, que trabalhou uma belíssima serigrafia para celebrar os 25 anos do 25 de Abril. ( A foto abaixo, não faz justiça à beleza do quadro).
O RECOMEÇO...
É NECESSÁRIO UM RECOMEÇO...
É URGENTE UM RECOMEÇO...
(A Publicar).
O RECOMEÇO...
Abril começou de sangue e raiva
E de uma revolta assumida muito antes
Do som das botas militares
A marchar no asfalto das ruas da cidade.
E começou a florir antes dos cravos nos canos da G3
E antes do ruído dos tanques a crepitar nas pedras da calçada.
Abril começou na guerra
E nas palavras censuradas dos poetas.
Abril assimilou os gritos nas prisões
Que de noite, cela por cela
Prolongaram a dor até à madrugada.
Abril começou na emigração clandestina
Na fome das mulheres e de homens alquebrados
Na morte antecipada de visões e de projetos
Em pesadelos inquietos transformados.
Abril irrompeu no nevoeiro
Que escondia o pensamento em liberdade
Abril foi o sol das consciências
Ansiosas por chegar à felicidade.
E fomos felizes em Abril
E queremos em Abril continuar a ser felizes.
E se o sol não se apagar
Voltaremos a ver as estrelas a brilhar
Antes do tempo destinado à Primavera
E depois dele...
Como se outro tempo não houvera.
======== António Bondoso (A PUBLICAR)
António Bondoso.
Abril de 2013.
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