2013-04-23

HÁLITO MORIBUNDO

A propósito Dia da Terra. 

Sabe-se que o Planeta é finito. E que, a continuar tudo como até aqui - exploração desenfreada de recursos ou a Globalização Suicida - o tempo futuro será curto. 

Imagem do Google

HÁLITO MORIBUNDO (A publicar!)...

O hálito fresco da terra
Atingia os sensores mais apurados.
Volatilizavam-se aromas
Libertavam-se odores
Intensos e maduros
Dos arbustos da serra.

Até das pedras o calor subia
À suave e frágil camada do ozono.
O hálito fresco da terra
Acontecia no Outono diferente da Primavera
Repetia-se no Inverno oposto ao do Verão
Húmido e silvestre como a hera
Ou quente e seco
desfeito na mão.

Desfeito agora no coração dos homens
Furtado à terra trágico destino,
Hálito puro fruto da serra
Já é moribundo no céu e na Terra
Repousa em memória
À espera de um hino.
=================
António Bondoso (A Publicar)


Foto de Ant. Bondoso
E a última fronteira ou o último refúgio - como lhe chamam - que é a Antártida, já não será suficiente para renovar a vida... apressando, assim, a morte !
António Bondoso, 22 de Abril de 2013.


Sem comentários: