HÁ
TARDES QUE VALEM OURO
(Com fotos de A.Bondoso)
NÃO É QUE O PASSADO
VALHA APENAS PELA HISTÓRIA…MAS É MUITAS VEZES A ELE QUE RECORREMOS PARA GANHAR
NOVAS FORÇAS PARA ENFRENTAS AS DIFICULDADES DO PRESENTE.
…ou de como a
simplicidade e a qualidade de uma “Tertúlia Poética” à volta de Inês de Castro,
fazem a grandeza de um espetáculo! E renovam a alma dos mortais.
Organizada e dinamizada
por Margarida Santos, poeta e artista plástica de Vila Nova de Gaia, a sessão
iniciou-se com a suavidade da flauta e do oboé das irmãs Maria e Matilde Reis e
com os acordes da guitarra clássica de Mário Ferreira.
David Cardoso
interpretou um excerto adaptado do Auto da Visitação, de Gil Vicente e depois
Margarida Santos centrou a sessão na leitura do excerto “Pedro Justiceiro e Cru
de Inês de Castro/A Paixão fatal d’Elrei D. Pedro, de Fernando Correia da
Silva.
A narrativa foi sendo
suavizada por brilhantes momentos musicais e interpretações poéticas de Mário
Ferreira e Maria Reis, destacando-se ainda o excerto – dito e cantado por
Aurora Gaia – da Cantata à Morte de Inês de Castro, de Bocage.
O soneto de Inês, de
Ary dos Santos, foi dito por Carlos Jorge Silva, que depois disse também A
Linda Inês, de Fiama P. Brandão; Maria Helena Peixoto disse Pedro e Inês, de
Ruy Belo e ainda Inês de Castro, de Miguel Torga; Aurora Gaia disse o seu A
Castro; A Ferida Inesgotável foi interpretada por Cristina Martins; David
Cardoso disse Chove, de José Gomes Ferreira; Cristina Martins e Clara Oliveira
deram vida ao Tributo a Inês de Castro-Sou Bastarda, da autoria de Margarida
Santos, tendo Clara Oliveira acompanhado igualmente David Cardoso na
interpretação de Inês e Pedro 40 anos depois, de Ana Luísa Amaral.
Antes do Convívio
Medieval com fogaças e Porto tónico…a festa teve um final musical com Mário
Ferreira a cantar, de Haendel, Ombra Mai Fu.
Tudo isto se passou,
antes que me esqueça, no recuperado Convento Corpus Christi, em frente ao Cais
de Gaia.
Fica igualmente um pequeno poema escrito hoje, antes da sessão:
E
O AMOR AINDA VIVE!
Inês
!
Pedro
…
Quiseram
apagar o Amor
Da
nossa Luz.
Mas
a Luz…brilha
Suspirando
E
o Amor…ainda respira!
=== A. Bondoso(inédito).
António Bondoso
Julho de 2014.
Sem comentários:
Enviar um comentário