ATÉ OS MORTOS FALAM NA RÁDIO...
Costumo eu escrever e faz
parte do meu projeto de um livro sobre a Rádio dos meus Amigos, que “até os
mortos falam na Rádio”!
Hoje, fala-se de
António da Luz Varela.
Um pouco mais avançado
do que eu, na idade. Mas tivemos um percurso ainda largamente comum na vida da
Rádio. Da ex-EN à RTP (Rádio e Televisão de Portugal) passando pela RDP –
António da Luz Varela foi granjeando amigos e camaradas. Um deles disse-me há
pouco que o António fez parte da grande revolução do jornalismo na Rua do
Quelhas. Ativo e lutador, não deixou por mãos alheias a sua quota-parte de responsabilidade
na Comissão de Trabalhadores. Foi ali, certamente, que nos cruzámos – na Rua do
Quelhas – entre Outubro de 1974 e Março de 1975. Com alguns como Pedro Cid,
Mateus do Ó Boaventura, Manuel Magro, Maria José Mauperrin, Alfacinha da Silva
e outros que, a seu tempo, virão à memória. Creio que também o Paulo Pinto,
mais jovem do que eu. Ainda a “Redação” era no “sótão” e os redatores – talvez a
maioria – escreviam à mão o que, depois, era “decifrado” pelas datilógrafas. A “revolução”
veio depois, já eu tinha passado a escrever à máquina nas instalações da EN na Rua
Cândido dos Reis, no Porto. E depois, passou a ser de vez em quando. Até hoje,
nos seus 72 anos de idade. As informações sobre a sua saúde debilitada iam e
vinham nos últimos dias…e ele ausentou-se, apesar das nossas preces. Até sempre
António! E leva o meu abraço, que a Dulce certamente se encarregará de te dar.
Ficam as memórias e um gesto de carinho muito grande para a tua companheira.
António Bondoso
Jornalista
1 comentário:
Bonita e sentida homenagem!
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