ISTO…SOU EU A PENSAR!
A PROPÓSITO DE TERRORISMO…
Mesmo correndo o risco
de haver situações menos atualizadas, não quero deixar de partilhar este
pequeno texto meu – parte de um outro mais vasto pensado e escrito já em 2007:
*****No mundo islâmico, o
Ocidente é visto como uma civilização decadente, quer em termos morais e
políticos, quer culturalmente.
Os ataques de 11 de Setembro de
2001 visaram abalar o neoliberalismo e a globalização económica, tal como o
poderio militar dos EUA.
O
mundo passou a ser dominado pelo terror, pela imprevisibilidade e ultraterritorialidade.
O
TERRORISMO É…
VIOLÊNCIA
! TERROR ! MEDO ! MORTE ! DESTRUIÇÃO ! ANSIEDADE ! PÂNICO ! CHANTAGEM !
QUALQUER MEIO PARA ATINGIR UM FIM ! INTERESSA MAIS O FACTOR PSICOLÓGICO DO QUE
PROPRIAMENTE O NÚMERO DE VÍTIMAS!
“Uma
ação violenta é denominada de terrorismo, quando os seus efeitos psicológicos
ultrapassam em muito os seus resultados puramente físicos”(Raymond Aron).
E
O RESSENTIMENTO…
“Os
ataques de 2001, em N.Y. e Washington, demonstraram que existe uma ameaça, com
contornos ideológicos e políticos bem definidos, aos valores seculares e
liberais dominantes nas sociedades ocidentais” (João Marques de Almeida, “O
Choque das Civilizações e o 11 de Setembro”, IPRI-Instituto Português de
Relações Internacionais).
Considerando
que, na perspetiva dos fundamentalistas islâmicos, as sociedades muçulmanas são
“vítimas” da ordem liberal, João Marques de Almeida argumenta que “…o regresso
à religião, o chamado Ressurgimento Islâmico, foi a resposta ideológica e
política ao ressentimento contra o domínio ocidental” !
Tal como na economia, diz Huntington,
os países asiáticos e islâmicos estão a procurar contrabalançar rapidamente o
poderio militar do Ocidente.
Enquanto a Nato, por ex, reduziu
em 10% as despesas com a defesa, nos países da Ásia elas aumentaram 50% na
década de 1990.
Por
outro lado, há a considerar ainda a explosão demográfica nos países islâmicos,
em contraste com o chamado Ocidente.
Estado-Núcleo, o que
falta ao Islão. === Será o Califado/ISI?
Contudo, afirma Huntington, o
Ocidente vai ter a supremacia ainda por algumas décadas, apesar de ter vindo a
perder “força” como vimos.
E o que vai faltando ao mundo
islâmico é um “Estado-Núcleo” civilizacional, ao contrário das potências
ocidentais, da China, Índia, Japão e Rússia.
Dentro
do Islão (Huntington) “há muitas culturas ou subcivilizações distintas, da
Arábica à Turca, da Persa à Malaia”. Nestas circunstâncias não é fácil e
pacífico encontrar um Estado-Núcleo. Para além do Iraque (onde, apesar de tudo,
Sadam é ainda lembrado) e dos destroços da Primavera Árabe, temos os confrontos
“ Irão-Arábia Saudita” e “Indonésia-Paquistão”.
E
é nesta “dispersão” e procura de liderança, que o mundo islâmico se apresenta
permissivo à radicalização e ao fundamentalismo.
O
resto…vem por acréscimo. Como a pobreza e os guetos. Inclusive o chamado “terrorismo
de Estado”.
=== António
Bondoso
Jornalista.
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