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DE ABRIL 2018 – CRONOLOGIA
A 27 ainda se respira
Abril, embora por motivos diferentes!
O
texto na placa do Jardim do Campo Grande, a placa com a inscrição "Jardim
Mário Soares — fundador da democracia portuguesa, Presidente da República e
Primeiro-ministro, 1924-2017" que ficou instalada no extremo sul do
Jardim, em Entrecampos, de facto não está bem. Mário
Soares não foi «o fundador» da democracia…mas é inegável que foi um dos grandes
lutadores pela sua conquista, depois de tantos anos da ditadura do Estado Novo.
Por isso compreendo as críticas ao texto da placa, esperando que as mesmas não
se direcionem para o significado da placa em si própria. Mário Soares merece,
sem dúvida, ser perpetuado na toponímia da cidade. E quem se lembrou do jardim
não esteve nada mal. Ali, na quietude do lago e das árvores, vai certamente
respirar-se a memória de um dos nossos grandes lutadores pelas liberdades. E a
liberdade de expressão, de que ele nunca desistiu, estará presente, quando o
púlpito – que se encontra no centro de um pequeno
anfiteatro circular, na zona sul deste espaço verde, em frente à casa onde morou
– for devida e livremente utilizado.
Um
outro foi seguramente Álvaro Cunhal, que o Jornal 2 da RTP, pela batuta do João
Fernando Ramos – em dia de aniversário – levou aos telespectadores diretamente do
Forte de Peniche, que vai ser o Museu Nacional da Resistência e da Liberdade.
Dali fugiram Cunhal e mais 9 presos, em 1960, para desespero da PIDE e do
regime de Salazar, pois o Forte de Peniche era considerado de segurança máxima
e até inexpugnável. Depois de pronto, espera-se que o Museu saiba cativar
público para um conhecimento mais aprofundado da história mais ou menos recente
do país.
António Bondoso
Jornalista
27 de Abril 2018.
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