25
DE ABRIL 2018 - CRONOLOGIA
O
DIA SEGUINTE:
Manhã
emotiva e interessante na Biblioteca do Agrupamento Escolar D. Pedro I, em
Canidelo – Vila Nova de Gaia – onde se falou do 25 de Abril de 1974, suas
causas e consequências. Designei eu esse acontecimento como O GOLPE DOS 4 DÊS:
Derrubar o Regime, Descolonizar, Democratizar e Desenvolver. Acrescentei apenas
um “dê” aos 3 mencionados no programa do MFA que, porventura, terão ido buscar
a ideia a uma tese de Medeiros Ferreira – apresentada no Congresso da Oposição
Democrática de 1973 em Aveiro. E lembrei que o meu 25 de Abril aconteceu na
fase final do meu “serviço militar” em S. Tomé e Príncipe, no Quartel do
Aeroporto, quando ouvi pela emissão de Onda Curta da BBC a notícia de
movimentações militares em Lisboa, pouco passava das quatro da madrugada. O
passarinho cantou…depois da senha Grândola Vila Morena, na voz de Zeca Afonso.
Foi lá que tive o prazer de conhecer o
hoje Almirante Cavaleiro Ferreira e o agora Coronel José Maria Moreira de Azevedo
– delegados da Junta de Salvação Nacional e do MFA. Sobre o primeiro, recordo particularmente
as noites passadas na Rádio a tentar perceber o que se ia passando em Portugal.
E depois, até um pouco de pedagogia política sobre os termos em voga:
democracia, liberdade, autodeterminação, independência. Também não me esqueci
de referir que, em 1968, foi para S. Tomé que Salazar deportou Mário Soares,
depois de prisão pela PIDE, sem culpa formada.
PARA QUE FOI FEITO O 25 DE ABRIL?
A
desilusão deste «dia seguinte» veio já ao fim da tarde, quando tomei nota da
decisão de devolver – embora de forma faseada – os cortes que os políticos
haviam sofrido nos seus vencimentos durante o tempo da «Troika». E os cortes
das reformas quando serão devolvidos? Foi para isto que se fez o 25 de Abril?
António Bondoso
Jornalista
26 de Abril de 2018
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