OS MEUS LIVROS DE 2021…ou de como uma claque se identifica nobremente com as «Histórias» de uma cidade, de uma nação e de um clube: “Porto – 6 de Julho de 1995 – Colectivo Ultras”. De uma «ligação» com estas origens só poderia resultar uma atividade de imaginação criativa de alto nível, já lá vão 26 anos de empenho e dedicação.
O
que se pode ler no livro? História. E muitas outras pequenas «estórias» que,
sem tabus, dão forma à alma tripeira – desde o princípio dos tempos.
“Costuma dizer-se que
não havia nada antes do mundo ser mundo. Nem vida nem sombras nem brancas
nuvens a moldar o azul dos céus. Mas quando o mundo aconteceu e o planeta ficou
azul – vieram muitos que ficaram e se foram misturando, formando famílias e
núcleos de vida.
Dos Iberos aos Bárbaros, dos Celtas aos Romanos e dos Mouros aos Lusitanos – foram rios de gente que fixaram a presença humana na que é hoje conhecida como a Antiga, Mui Nobre e Sempre Leal, Invicta Cidade do Porto. Tudo começou na Idade do Bronze com a edificação de um castro no Morro da Pena Ventosa – hoje Morro da Sé – a dominar estrategicamente o rio Douro”.
A revista Visão
fez publicar este mês de Agosto mais um dos seus «cadernos» de “História”,
inteiramente dedicado às origens do futebol em Portugal. Mas este livro do
«C95» [que estava pronto para ser publicado em 2020] centra, natural e
particularmente, as ligações dos adeptos «ultras» à cidade do Porto e ao seu
clube mais representativo – o F. C. do Porto – desde Nicolau de Almeida [1893]
e Monteiro da Costa [1906] a Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto.
Até
chegar à modernidade do Estádio do Dragão, em 2003, passaram 110 anos de
histórias e de glórias – igualmente de muitas lutas, ilusões e desilusões –
tempos de muitos sonhos, de orgulho e de caráter, durante os quais o emblema do Clube ombreou com o lema da cidade. Certamente não por
acaso, os versos da primeira estrofe do hino dizem que “Teu pendão leva o escudo da cidade/Que na história deu o nome a
Portugal”. E ninguém pode negar que o Clube chegou mesmo a ser, em décadas
mais recentes, o motor da região e um
verdadeiro embaixador do país.
E as tais «pequenas estórias» de que falei,
próprias de um grupo de adeptos organizados e que dispensam muito bem o absurdo
«Cartão de Adepto», agora em vigor, podem ir sendo «bebidas» em saborosos
textos estilo crónica, dos quais se pode destacar este relativo à época de
2019/2020 – o ano da “pandemia”:
“Chegava a recepção ao Benfica em casa e para este jogo o Colectivo apresentou um espetáculo muito simples mas com bom impacto. Tiras de plástico azul escuro na horizontal a todo o comprimento da bancada a fazer um fundo e 3 modelos de bandeiras gigantes espalhadas pela bancada com os vários símbolos da história do Clube acompanhadas da frase: “AZUL E BRANCA ESSA BANDEIRA AVANÇA!” em alusão ao poema “Aleluia” de Pedro Homem de Mello”.
Portanto,
o livro aí está para traduzir as vivências de um grupo de adeptos com alma – o
C95 – fazendo lembrar muitos pontos do célebre «A Tribo», de Desmond Morris.
Pode
adquiri-lo na sede do grupo ou via net: https://livro.colectivo95.com/?fbclid=IwAR2Qjf1FPRsaNZI5TfLBBToa78Fz5qmJzhbySY_pCBmkTlRBmmUhRR7BTlw.
Vale a pena, sobretudo para desfazer alguns mitos e tabus.
Parabéns Colectivo 95.
António Bondoso
Agosto de 2021.
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