2022-02-22

ISTO SOU EU A PENSAR…

Neste «Dia do Pensamento», segundo a Agenda das Edições Esgotadas, não sei se haverá assim tantos a pensar. Sonhar talvez seja parecido, embora me pareça menos profundo.


Foto de A. Bondoso

         Dando sequência ao meu «pensar»…recordo que, em 2014, escrevi sobre a «diferença». Assim:

Se não entendermos e assumirmos que foi a diferença

Que fez de nós um grande povo,

Então...jamais aceitaremos o que é diferente!

         Já antes, em 2012, tinha chamado a atenção do que designei por «manipuladores»:

Se o destino quiser um dia presentear-me com um simples e simbólico galardão literário – mesmo que a título póstumo – que o faça tendo em conta apenas o valor real das palavras que traduzem o que penso, escrevo e digo. Nunca pelo significado que os “manipuladores” da essência – ou do tempo – lhe quiserem atribuir

         E depois, em 2015 e 2016, «pensei» poeticamente em duas versões de uma mesma «escuridão»:

“Mergulhei na escuridão.

E nem todas as luzes de todos os faróis do mundo

Me fazem afastar

Da tua costa rochosa”!

         Ligeiramente diferente numa segunda versão:

“Mergulhei na escuridão!

Mas tenho todas as luzes de todos os faróis do mundo

Para me guiarem

Pela tua costa rochosa”.

         Não querendo alongar mais, pois não sou narcisista, pretendo recuar ainda um pouco no tempo, mais precisamente a 2012, ao meu «ensaio/livro» sobre O PODER E O POEMA: 

ATÉ ONDE PODE VOAR O PENSAMENTO?

 

Até onde pode voar o pensamento?

As graciosas andorinhas não têm autonomia para alcançar o

infinito

Nem a envergadura das enormes e cruéis aves de rapina

É suficiente para ultrapassar essa missão impossível.

 

Mas o homem – qual estranho ser do instinto e do saber

Menospreza quantas vezes a paixão de sonhar

Sem amor pela beleza do voar das andorinhas

Sem respeito pela visão planada de abutres, condores,

milhafres ou falcões.

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O meu contributo «pensante». Apenas parte. Obrigado.

António Bondoso

22 de Fevereiro de 2022. 


 

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