ISTO
SOU EU A PENSAR…
Neste «Dia do Pensamento», segundo a Agenda das Edições Esgotadas, não sei se haverá assim tantos a pensar. Sonhar talvez seja parecido, embora me pareça menos profundo.
Dando sequência ao meu «pensar»…recordo
que, em 2014, escrevi sobre a «diferença». Assim:
“Se não entendermos e
assumirmos que foi a diferença
Que fez de nós um
grande povo,
Então...jamais
aceitaremos o que é diferente”!
Já antes, em 2012, tinha chamado a
atenção do que designei por «manipuladores»:
“Se o destino quiser um dia presentear-me com
um simples e simbólico galardão literário – mesmo que a título póstumo – que o
faça tendo em conta apenas o valor real das palavras que traduzem o que penso,
escrevo e digo. Nunca pelo significado que os “manipuladores” da essência – ou
do tempo – lhe quiserem atribuir”.
E depois, em 2015 e 2016, «pensei»
poeticamente em duas versões de uma mesma «escuridão»:
“Mergulhei na escuridão.
E nem todas as luzes de todos os faróis do mundo
Me fazem afastar
Da tua costa rochosa”!
Ligeiramente
diferente numa segunda versão:
“Mergulhei na escuridão!
Mas tenho todas as luzes de todos os faróis do mundo
Para me guiarem
Pela tua costa rochosa”.
Não querendo alongar mais, pois não sou narcisista, pretendo recuar ainda um pouco no tempo, mais precisamente a 2012, ao meu «ensaio/livro» sobre O PODER E O POEMA:
ATÉ ONDE
PODE VOAR O PENSAMENTO?
Até onde
pode voar o pensamento?
As graciosas
andorinhas não têm autonomia para alcançar o
infinito
Nem a
envergadura das enormes e cruéis aves de rapina
É
suficiente para ultrapassar essa missão impossível.
Mas o
homem – qual estranho ser do instinto e do saber
Menospreza
quantas vezes a paixão de sonhar
Sem amor
pela beleza do voar das andorinhas
Sem
respeito pela visão planada de abutres, condores,
milhafres
ou falcões.
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O
meu contributo «pensante». Apenas parte. Obrigado.
António
Bondoso
22
de Fevereiro de 2022.
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