... MENOS RAZÕES PARA VOTAR.
= não sei se será boa opção votar num candidato que acusa um governo de praticar “espionagem” e depois ficar tudo na mesma; não sei se será boa opção votar num candidato que, por cálculo eleitoralista, tardou em afirmar a sua influência “activa”...
= frequentemente me interrogo se será boa opção votar num candidato que apoia a greve geral como forma de protesto anti-governo, sabendo-se que o governo é duplamente responsável perante o PR e perante a AR; cada vez mais me interrogo se poderei confiar num candidato que não é “político”...
= depois de ler o Expresso, desiludiu-me a forma “politicamente incorrecta” como um candidato deita praticamente a “toalha ao chão” ao dizer que – mesmo ainda antes de terminar o actual combate – já não estará disponível para um eventual segundo mandato; não sei se será boa opção acreditar num candidato que – tendo sempre defendido a força das ideias – esteja agora hesitante na duração desse combate...
= se em política o que parece é – independentemente de que à “mulher de César não basta parecer – acresce a entrevista do MNE ao mesmo jornal, a qual provocou já um violento tremor de terra no tecido partidário, embora os efeitos só venham a ser visíveis depois de uma digestão mais controlada. Mesmo tendo em conta os “apetites” já difundidos pelo CDS/PP.
Como toda a especulação é permitida, pode dizer-se que – se o efeito pretendido fosse o de uma “visão” comum entre o MNE e o PM, mais valia terem acertado agulhas antes da constituição do governo, com o objectivo claro de se conseguir então o que agora se propõe. Se o PM não sabia, a demissão do MNE seria perfeitamente plausível. Ademais, ele próprio mostrou disponibilidade para abandonar o governo. Caia, Sócrates, mas ao menos caia de pé !
Contudo, quero deixar claro que não deixarei de votar. Vamos ver como.
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