2016-07-12

A TODOS OS “ÉDERS” “PEPES” E “PATRÍCIOS” DESTE MUNDO…

Foto da Web...para Interpretar como Quiserem.

A TODOS OS “ÉDERS” “PEPES” E “PATRÍCIOS” DESTE MUNDO…
…Ou de como tantos disparates lidos e ouvidos durante este campeonato europeu de futebol mostram que o “preconceito” continua a ser filho do egocentrismo e da ignorância e afilhado da pobreza: física e mental.

Vivi em S. Tomé e Príncipe 21 anos da minha existência, lá cresci e me fiz homem, brinquei, estudei e trabalhei com amigos de todas as etnias e origens. Tenho bem presente que nunca me referi a qualquer deles tratando-os ou distinguindo-os pela cor da pele. Sempre tratei cada um pelo seu nome próprio…apenas constituindo exceção, pela maior convivência diária, o tratamento por alguma “alcunha” de marca. Não me surpreende que esta questão continue a estar na ordem do dia das sociedades, sabendo sobretudo como este mundo é cada vez mais desigual, fruto de circunstâncias que os comuns mortais são incapazes de contornar – designadamente de uma “globalização” desumanizada que gera pobreza, alienação e analfabetismo.  
Entristece-me. Muito. Independentemente das causas e das motivações, pois há mais “emoção” do que “razão” nestes debates, particularmente os das redes sociais. Cultura e Instrução precisam-se.
Em Abril deste ano escrevi um texto que agora não prescindo de partilhar. E diz assim:
“RACISMO”

«Falta de instrução valoriza o preconceito.
Falta de educação potencia o preconceito.
Falta de cultura justificará sempre o preconceito.
Falta de tolerância agravará eternamente a evidência do preconceito.
Falta de caráter aumenta o risco de preconceito.
Falta de princípios alimenta o preconceito.
A pobreza marginaliza e o preconceito estará sempre para além da raça.
O estrangeiro, o que é diferente, não pode ser entendido como ameaça.
Eu e o outro podemos sempre beber da mesma taça.»

Entretanto, não resisto igualmente a convidar-vos a ler um excelente artigo sobre esta temática. A reflexão séria indica sempre caminhos.
         Obrigado por me terem dado um pouco de atenção e pela paciência e disponibilidade para a leitura.
Julho de 2016
António Bondoso
Jornalista


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