SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - 45 ANOS À ESPERA DE DEDICAÇÃO E VERDADE...PARA DAR SENTIDO AO LEMA "UNIDADE, DISCIPLINA E TRABALHO".
O
que vou dizer…é o que vai ficar escrito.
Sobre
S. Tomé e Príncipe e os 45 anos de independência desse meu «país do sul».
Depois
de um colonialismo madrasto e apesar de uma colonização mestiça, a liderança de
«setenta» - aproveitando os ventos bipolares da conjuntura internacional –
preferiu uma independência imediata, sem cuidar de estabelecer bases sólidas
para o futuro de um país novo.
INDEPENDÊNCIA
TOTAL ÇÁ CUÁ CU POVO MECÊ!
Texto de A.B. sobre foto de Mário Montenegro - publicada no grupo do facebook «Amigos de S. Tomé»
Com
«fome legítima de liberdades», sem «quadros intermédios», de que a
administração colonial não cuidou seriamente em mais de 500 anos – localizando muito
pouco – sem projetos de visão que pudessem compensar as quebras de produção do
cacau e do café…o país habituou-se “preguiçosamente” às chamadas «ajudas
internacionais». Primeiro e durante o regime de partido único – a cooperação
com os países de Leste, com Cuba e com as outras ex-colónias portuguesas em
África manteve a «economia planificada». Timor vivia a ocupação indonésia.
Depois da «queda do Muro» e da implosão da ex-URSS, o país foi confrontado com
a abertura democrática e com a chamada “economia de mercado” para a qual,
evidentemente, não estava minimamente preparado.
Foram
tempos difíceis. E a degradação, da economia ao património – passando pelo
pilar fundamental da Justiça – plantou a angústia nos corações dos santomenses.
De
repente o petróleo…e a natural parceria estratégica com a Nigéria. Águas
territoriais divididas a régua e esquadro foram alimentando a ideia fácil e o
risco de corrupção. Como lembrou em tempos Almeida Santos, «o petróleo e a
felicidade dos povos que o produzem não costumam andar a par»! Por outro lado,
não é que seja propriamente uma miragem. Mas o petróleo tem sido, até hoje,
pouco mais do que um lenitivo. O Turismo foi fazendo o seu caminho – agora
interrompido pela “pandemia” – mas as pescas e a agricultura foram ficando para
trás.
E
depois o tempo e a sua dimensão! Se é verdade que o «molimoli» ou o «leveleve»
condicionam o dia-a-dia do povo e do país, é igualmente decisivo que, onde
falta muito do que é básico e essencial, o tempo urge sempre!
E
se a fraca produção, aliada à variável da flutuação dos preços nos mercados
internacionais, se reflete inevitavelmente no PIB…fácil se torna perceber que o
«dinheiro» não estica. Por outro lado, as «prioridades» assumidas pelo poder
político nunca são de fácil explicação e raramente são consensuais. Dito de
outra forma…habitualmente geram polémica. E com isto, não quero significar a
ideia de «contraditório».
Longa
vida a S. Tomé e Príncipe e ao seu Povo!
Foto da Web.
António Bondoso12 de Julho de 2020
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