- O António Azulinho chegou a casa… reticências e um suspiro. De alívio e de alegria, claro, depois de percorridas 59 páginas de imaginação da autora, criativa no «amor» e preocupadamente criativa na temporária situação de infortúnio de um pássaro azul, mesmo azul, idêntico ao daqueles dias de um céu aberto de verão e com muito calor.

         É uma aventura de abandono e coragem – assim se lê no subtítulo deste livro de Denisa Sousa, “O Pássaro da Asa de Ferro”, editado por «Tecto de Nuvens».  

 

         A Denisa, camarada de profissão durante largos anos, nomeadamente em O Comércio do Porto – infelizmente já extinto – e no Jornal de Notícias, que agora mudou de «casa», licenciou-se em Ciências da Comunicação na Universidade do Minho, em Braga, até regressar às origens em Moimenta da Beira.

         O jornalismo, sabemos todos, é fértil em situações de desgaste e não prima pelo reconhecimento dos «filhos» que se lhe entregam de alma e coração. Mas, por outro lado, há sempre quem saiba retirar – com engenho e arte – o lado bom de uma profissão que nos leva a saber escrever, literariamente falando e partindo do «bom princípio» de que o “Jornalismo” também é literatura…ou então não presta.

         Só conheci a Denisa, não há muitos anos, em Moimenta da Beira, creio que no meio de algum stress, aquando da realização da primeira edição do «Pavilhão das Letras», no âmbito da EXPODEMO-2018 ou 2019 isso da data pouco interessa agora. O importante foi sentir humildade e autenticidade no caráter do interlocutor. É verdade que já havia contactos anteriores ao nível familiar mas, para mim, ainda é fundamental essa ideia da «primeira vista».

         Por isso, igualmente à primeira vista, este António Azulinho – como é importante chamar-se António! – despertou o interesse na arte de bem escrever. Para todos…pois, como se lê na história, «somos uma família»!

 

Denisa Sousa

         Parabéns Denisa. Fico à espera do próximo «pássaro»…a voar livre como tu!

António Bondoso

Novembro de 2023.