É O TRABALHO EM LIBERDADE, É O TRABALHO EM DIGNIDADE!
É o trabalho.
Das nove às cinco ou de
sol a sol – é o trabalho. Que dignifica, que sustenta, que faz mover o mundo em
cada espaço que vive. E o trabalho é sempre trabalho, mesmo que seja
temporário, mesmo que o vínculo entre as partes seja apenas parcial. O trabalho
é um direito. O trabalho é uma responsabilidade das sociedades organizadas. Um Estado
que não valoriza o trabalho…é, de certa forma, um Estado falhado. Tal como um
Estado que se alimenta dos rendimentos de quem trabalha. Direta ou
indiretamente. Suga, esmifra quem trabalha e o produto do feito. Foi desta
circunstância que nasceu a expressão aquiliniana “Terras do Demo”. Os do fisco,
de Lisboa ou a mando de Lisboa, só visitavam a “província” – nesse caso o
interior beirão – vestidos com alma dos homens de fraque.
É o trabalho.
E que não se coloque o
trabalho como oposição ao capital. Não é essa a questão como sabemos. O caso é
a exploração desabrida do capital desumano, o problema está nesta globalização
selvagem. Neste neoliberalismo que mata, mental e fisicamente. Explora, oprime
e coloca o garrote na oportunidade mais certeira.
É o trabalho.
E que não se coloque o
trabalho como oposição aos avanços tecnológicos. Essa é apenas uma parte da
questão. Qualquer Estado de bem deve promover, ou ajudar a por em prática, a
qualificação precisa para o equilíbrio sustentável. É o trabalho e a justa
retribuição. É o trabalho em liberdade, é o trabalho em felicidade, é o
trabalho…simplesmente. Tão importante como o ar que respiramos. E que seja um ar
mais puro, o que vamos respirar neste 1º de Maio de 2017.
António Bondoso
Jornalista
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