O que está a minar a
independência de Moçambique, 43 anos passados sobre a data da libertação
colonial?
O que está a minar a independência de
Moçambique, 43 anos passados sobre a data da libertação colonial?
Para percebermos um pouco a que ponto se terá
chegado, lembremos o que escrevia Leonel Matias, em Outubro do ano passado,
para a DW:
«Dívidas
e "lista negra"
O Fundo Monetário
Internacional suspendeu a ajuda ao Orçamento do Estado moçambicano em
2016, após a descoberta de dívidas contraídas por três empresas com garantias
do Estado, sem o conhecimento do Parlamento e dos parceiros internacionais, num
valor estimado em cerca de dois mil milhões de dólares.»
Já em Abril
deste ano, o investigador João Mosca, da Universidade moçambicana A
Politécnica, dizia que a crise ainda iria perdurar por mais algum tempo:
“Ainda
no contexto da crise financeira, há, igualmente, a necessidade de a cidadania
ter cada vez maior importância no desenvolvimento e na solução dos problemas
nacionais, bem como na elaboração e participação nas decisões do Estado e do
Governo”, considerou João Mosca.
Numa
outra abordagem, o orador definiu de “muito crítica” a actual situação
financeira do País. Defendeu que, embora existam alguns sinais de melhoria,
sobretudo nos sectores financeiros e monetário, “na economia real, aquela que
afecta directamente as empresas, os empresários e as famílias, as coisas não
estão a melhorar, excepto num e outro sector”.
“Mas no seu conjunto, a crise
continua e acredito que vai perdurar por mais algum tempo”, assegurou João
Mosca.
Embora estejamos a viver tempos de uma
globalização acentuada, [por ventura ao ritmo imposto pelo capitalismo selvagem
e desumanizado], o que vale por dizer que ninguém vive isolado, é interessante
perceber o que dizem os dicionários sobre independência e independente: - que não depende de nada nem de ninguém;
livre de influências.
Há instabilidade, claro, mas – de acordo
com a revista Mercados&Estratégias - o país é alvo de
grandes expectativas de crescimento, principalmente para a primeira metade da
década de 2020, por causa do enorme potencial do setor do Gás Natural.
Que chegue depressa 2020…e que o povo moçambicano possa ultrapassar mais este obstáculo.
Que chegue depressa 2020…e que o povo moçambicano possa ultrapassar mais este obstáculo.
António Bondoso
Jornalista.
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