2018-07-17


***** Impróprio para cardíacos...palavras eventualmente chocantes na interpretação da «História».

Foto de Ant. Bondoso

Se não fossem esses tarados dos "portugueses" (descendentes de tantos outros povos que lutaram contra invasões e escravidão) terem tido a tentação de sair deste promontório e enfrentar a aventura do desconhecido...como teríamos hoje um mundo perfeito e maravilhoso.
Mas não. Os tugas (todos sem exceção) foram por aí fora...e mataram, destruíram, queimaram, degolaram, retalharam, roubaram, escravizaram, enganaram, aterrorizaram, atentaram, fornicaram, prenderam, traficaram, mentiram, exploraram, abusaram, humilharam - mesmo onde tudo era deserto.
Porra para os tugas, que chatice, meteram-se aonde não deviam, coisa estranha, devem ter enlouquecido. Com que direito construíram naus e caravelas e se puseram a explorar o mar profundo e outras terras a saber? Descobriram? Acharam? Conquistaram? Colonizaram? Inventaram? Cobiçaram? Esconderam? Apagaram? Aldrabaram? Aculturaram?
Porra! Como é que um mísero e ralo povo fez tudo isso? E ninguém deu conta? E ninguém investigou? E ninguém protestou? E ninguém se revoltou? Foi assim...tudo de mão beijada? Claro que não! E todos sabemos que não. Na esfera do relacionamento internacional...as "amizades" (só) não contam. Apenas (e sobretudo) os interesses!
De outra forma...como entender a eternização do mal?                    
Foram os tugas, sozinhos, com a cruz na esquerda e a espada na direita que alteraram a relação entre os povos. Sem ninguém lhes encomendar o sermão! Ou melhor…certamente que a «Santa Sé» e o «poder de Roma» terão dado uma mãozinha decisiva. Esses malandros da «Cúria Romana» não perderiam a oportunidade de “empurrar” os ignorantes, ingénuos e petulantes tugas para tal empresa suicida.
         E é assim que, decorridos quase sete séculos, os agora impolutos historiadores do politicamente correto – baseados nas fontes que existem desde sempre – entendem e pretendem que, afinal, foram os tugas que deixaram o mundo neste estado caótico. E não assumem a «culpa» e nem sequer pedem «desculpa». Só mesmo dos tugas! E fazem-no…com o mesmo descaramento – quiçá a mesma estultícia – com que decidiram tomar o caminho do mar para descobrir! E isso, os impolutos historiadores do politicamente correto – a que João Pedro Marques chama de «marxismo cultural», e que tem invadido o debate científico por um certo argumentário ideológico – não perdoam.
         Não façam museus. Nem das descobertas, nem dos descobrimentos. Pelo menos, não sem antes – séria e honestamente – debaterem e ensinarem nas escolas tudo o que sabemos. Sem omitir ou relativizar seja o que for. Se é para interpretar…que tudo seja interpretado!
Foto de Ant. Bondoso

António Bondoso
Jornalista e Mestre em Relações Internacionais
Julho de 2018.

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