***** Impróprio para
cardíacos...palavras eventualmente chocantes na interpretação da «História».
Foto de Ant. Bondoso
Se não fossem esses tarados dos "portugueses" (descendentes de
tantos outros povos que lutaram contra invasões e escravidão) terem tido a
tentação de sair deste promontório e enfrentar a aventura do
desconhecido...como teríamos hoje um mundo perfeito e maravilhoso.
Mas não. Os tugas (todos sem exceção) foram por aí fora...e mataram,
destruíram, queimaram, degolaram, retalharam, roubaram, escravizaram,
enganaram, aterrorizaram, atentaram, fornicaram, prenderam, traficaram,
mentiram, exploraram, abusaram, humilharam - mesmo onde tudo era deserto.
Porra para os tugas, que chatice, meteram-se aonde não deviam, coisa
estranha, devem ter enlouquecido. Com que direito construíram naus e caravelas
e se puseram a explorar o mar profundo e outras terras a saber? Descobriram?
Acharam? Conquistaram? Colonizaram? Inventaram? Cobiçaram? Esconderam?
Apagaram? Aldrabaram? Aculturaram?
Porra! Como é que um mísero e ralo povo fez tudo isso? E ninguém deu conta?
E ninguém investigou? E ninguém protestou? E ninguém se revoltou? Foi
assim...tudo de mão beijada? Claro que não! E todos sabemos que não. Na esfera
do relacionamento internacional...as "amizades" (só) não contam.
Apenas (e sobretudo) os interesses!
De outra forma...como entender a eternização do mal?
Foram os tugas,
sozinhos, com a cruz na esquerda e a espada na direita que alteraram a relação
entre os povos. Sem ninguém lhes encomendar o sermão! Ou melhor…certamente que
a «Santa Sé» e o «poder de Roma» terão dado uma mãozinha decisiva. Esses
malandros da «Cúria Romana» não perderiam a oportunidade de “empurrar” os
ignorantes, ingénuos e petulantes tugas para tal empresa suicida.
E é assim que, decorridos quase sete
séculos, os agora impolutos historiadores do politicamente correto – baseados nas
fontes que existem desde sempre – entendem e pretendem que, afinal, foram os
tugas que deixaram o mundo neste estado caótico. E não assumem a «culpa» e nem
sequer pedem «desculpa». Só mesmo dos tugas! E fazem-no…com o mesmo
descaramento – quiçá a mesma estultícia – com que decidiram tomar o caminho do
mar para descobrir! E isso, os impolutos historiadores do politicamente correto
– a que João Pedro Marques chama de «marxismo cultural», e que tem invadido o
debate científico por um certo argumentário ideológico – não perdoam.
Não façam museus. Nem das descobertas,
nem dos descobrimentos. Pelo menos, não sem antes – séria e honestamente –
debaterem e ensinarem nas escolas tudo o que sabemos. Sem omitir ou relativizar
seja o que for. Se é para interpretar…que tudo seja interpretado!
Foto de Ant. Bondoso
António Bondoso
Jornalista e Mestre em
Relações Internacionais
Julho de 2018.
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