100 ANOS (OU QUASE)...FOI POUCO TEMPO!
UM PEQUENO TRIBUTO A UM GRANDE HOMEM, A UM GRANDE LÍDER.
Há
5 anos escrevi:
NELSON MANDELA – O POEMA DO HOMEM COMEÇA AGORA!
“Tudo
principia no princípio/o nascimento e a morte/…/ - O poema principia no fim!”
São letras e palavras de um poema de Luís Veiga Leitão que, tal como Madiba, conheceu os horrores da prisão e da tortura. E como disse Mandela, “tudo é considerado impossível até acontecer”! Por isso, o seu “poema” começa agora. Para que a memória não se apague e possa iluminar os que tomaram as rédeas do destino. Nelson não mudou apenas um país. Conseguiu (re) construí-lo sobre os escombros de um regime controverso, polémico, desumano. E fê-lo com um grande coração e com uma mente aberta e visionária. Mandela soube perdoar sem perder a firmeza dos grandes líderes. E não conseguiu apenas um Estado democrático e de direito – ganhou também uma Nação.
Partilhou a dor e o sofrimento mas igualmente a alegria de não levar consigo qualquer segredo. Todos puderam aprender as suas lições de vida, seguindo pensamentos metodicamente elaborados e que – nesta hora do seu passamento – quase atingem o limite da vulgaridade.
Socorro-me então, de novo, de Luís Veiga Leitão – para recordar que, ao prisioneiro (como um navio), pode cair-lhe a pintura e até o próprio nome, “Mas o mar está dentro dele/ e não há força que o dome”. E o Poeta e Mandela foram homens que vieram “dos cárceres da noite” e “vestidos de pedra”.
Perante tais gigantes, escuso-me a dizer mais seja o que for. Prefiro partilhar o silêncio dos humildes. E sei que o “poema” de Nelson Mandela começa agora…no fim!
António Bondoso
5 Dezembro de 2013.
São letras e palavras de um poema de Luís Veiga Leitão que, tal como Madiba, conheceu os horrores da prisão e da tortura. E como disse Mandela, “tudo é considerado impossível até acontecer”! Por isso, o seu “poema” começa agora. Para que a memória não se apague e possa iluminar os que tomaram as rédeas do destino. Nelson não mudou apenas um país. Conseguiu (re) construí-lo sobre os escombros de um regime controverso, polémico, desumano. E fê-lo com um grande coração e com uma mente aberta e visionária. Mandela soube perdoar sem perder a firmeza dos grandes líderes. E não conseguiu apenas um Estado democrático e de direito – ganhou também uma Nação.
Partilhou a dor e o sofrimento mas igualmente a alegria de não levar consigo qualquer segredo. Todos puderam aprender as suas lições de vida, seguindo pensamentos metodicamente elaborados e que – nesta hora do seu passamento – quase atingem o limite da vulgaridade.
Socorro-me então, de novo, de Luís Veiga Leitão – para recordar que, ao prisioneiro (como um navio), pode cair-lhe a pintura e até o próprio nome, “Mas o mar está dentro dele/ e não há força que o dome”. E o Poeta e Mandela foram homens que vieram “dos cárceres da noite” e “vestidos de pedra”.
Perante tais gigantes, escuso-me a dizer mais seja o que for. Prefiro partilhar o silêncio dos humildes. E sei que o “poema” de Nelson Mandela começa agora…no fim!
António Bondoso
5 Dezembro de 2013.
Depois, em 2014, fiz publicar um «Pequeno Tributo» no livro EM AGOSTO...A LUZ DO TEU ROSTO, como segue:
PEQUENO
TRIBUTO…
(“A bondade do homem
pode ser escondida, mas nunca extinta” – Nelson Mandela).
Confessas?
*Justiça!
Negas?
*Justiça!
Que pretendes?
*Justiça e Liberdade!
A prisão há de vergar-te.
*Nunca! “Sou o dono do meu destino”.
Vais sofrer encarcerado
*Serei livre…sofrendo! “Sou o capitão da minha
alma”.
Na ilha definharás
*O meu horizonte é o Povo.
Mas é um povo amordaçado, espezinhado, oprimido, subjugado…
*Levantar-se-á no martírio e beberá as lágrimas da
Dignidade!
“Ergueu-se, derramou sangue e suor
Moveu montanhas solidárias
O mundo percebeu toda a urgência
E fez com que mudasse tal tragédia.
Então o Homem
“Tata”
Madiba,
De punho erguido e coração radioso
Provou do Poder toda a justiça
Caminhou humilde em busca de um tempo novo
E mostrou ao país uma nação.
Depois…
“Khulu”
Madiba,
Serenou com júbilo o seu espírito
Alimentou de alegria outros amores
Atingiu a dimensão da eternidade
No perdão.
Hamba
kahle Madiba
Nkosi
Sikelele iAfrica”.
======== António Bondoso
Dezembro de 2013.
*** Com dois versos do poema INVICTUS, de William
Ernest Henley(1875).
No livro: EM AGOSTO…A LUZ DO TEU ROSTO, 2014.
&&&&&&&&&&&&&&&&&&
*** Madiba =
Nome do clã a que Mandela pertencia e derivado do nome de um chefe que governou
a região do Transkei no séc. XVIII.
*** Tata = Pai
(Língua Xhosa)
*** Khulu = Avô
( “ “ )
*** Hamba kahle = Adeus ( “ “ )
*** Nkosi
Sikelele iAfrica = Senhor, abençoai a África ( “ “)
António Bondoso
Jornalista
Julho de 2018
Sem comentários:
Enviar um comentário