SAUDADE...OU ONDAS DE MEMÓRIAS?
Há
quem tenha memória curta ou de grilo. Outros terão excelente memória visual mas
há também muitos a quem tudo se varre. E eu, embora creia não ter o que se
chama de memória de elefante…sempre direi que conservo uma excelente lembrança
de experiências anteriores. Sobretudo tenho assumido sempre uma tomada de consciência
do passado, o que me permitiu há muito ultrapassar as consequências dos
avatares da história. O «outro» nunca foi para mim um tabu. Por isso, posso
sempre rebobinar o filme que conta a história de muitas Ondas de Memórias:
ONDAS DE MEMÓRIAS
Quando não
alcanço as ondas do mar
É certo que os
sentidos estão doentes.
Não ouço o
coração a comandar
São meus olhos
que choram de tão quentes.
O meu mar já tão
longe não me leva
E a vida de tão
curta não espera.
Por isso alma
própria bem se eleva
Mas o corpo
descansa e desespera.
É sempre nesse
mar que me revejo
Navego destemido
e busco a sorte
E outra
felicidade não almejo.
E sigo corajoso
deste norte
Para o sul de
riquezas que prevejo
Sem medo que me
chegue a triste morte.
«É neste mar que
me cultivo».
==== A.B. Out.2017
António Bondoso
Julho 2018.
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