2018-12-21

SOBRE O DIA DO SANTO…na ILHA DE NOME SANTO

E há aqueles preciosismos de ter sido a 21, ou a 20, de Dezembro ou de Janeiro… em Novembro não foi certamente e, em Janeiro, talvez fosse preciso mais dinheiro. E numa autêntica «revisão» de factos históricos, baseada em fontes tão credíveis – ou menos – do que as conhecidas e aceites até há pouco, já não é o ano que marca o início da «história». Antes se prefere a década de 1470. Seja.



O australiano A. R. Disney – na sua História de Portugal e do Império Português – referindo-se concretamente ao conjunto de ilhas do Golfo da Guiné, praticamente no meio do mundo, escreve: «Estas ilhas, desabitadas, à excepção de Fernando Pó, quando os Portugueses lá chegaram, foram descobertas na década de 1470 por navegadores, provavelmente ao serviço do contratante Fernão Gomes.»
Seja como for, e este é um tema para desenvolver em outras circunstâncias e com enquadramento diferente, a celebração do «Dia do Santo» é ponto assente para um grande grupo de naturais e de antigos residentes em S. Tomé e Príncipe: - 21 de Dezembro. Tem sido assim há décadas. E por não ser exatamente um «crime» histórico, antes uma data de encontro e de convívio, mais uma vez é assinalada. Trinta e três «santomenses» vão juntar-se em Corroios, num restaurante do escritor santomense Orlando Piedade, junto à Casa do Povo. Para além de outras iguarias próprias das «ilhas»…é fundamental o «calulu».
E de acordo com o professor e escritor Rufas Santo, a data foi também assinalada com uma missa na Igreja Nova de João Baptista Scalabrini, na Amora.
António Bondoso
Jornalista

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