De
maio a maio corre o tempo.
Andam
dias e semanas, voam meses voam anos, viajam minutos nas horas em ritmo de
foguetão, passam figuras de proa bem junto do meu portão e não dizem que é
perdido todo o tempo deste mundo.
Ganha-se
e perde-se na corrida desta vida, borboletas elegantes em maratonas de flores transpiradas,
esforço permanente das abelhas construtoras, cadenciado, de coração e
sentimento estendido. Mas numa nave espacial o tempo parece suspenso. Talvez seja
o tempo certo do tempo. Ou o tempo de uma criança pleno de imaginação, criativo
quanto baste em tantas viagens no tempo.
O
tempo salta como uma lebre, mais alto e mais longe, assim como no triplo salto
do tempo no atletismo. O tempo ajusta-se aos capazes e impõe-se aos idiotas.
Que
tempo este que vai passando por nós!
António
Bondoso
Maio
de 2020.
1 comentário:
Obrigada, António, questionar é próprio dos pensadores. Questionar o tempo é próprio de quem o ganha. Talvez seja este o"tempo certo do tempo"! Abraço.
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