O «espírito» do Natal
subvertido…ou de como se «vende» a ilusão.
É
triste saber do Natal. Desse Natal que nos é apresentado pela publicidade
televisiva. É triste saber do negócio. E saber que há tantos a participar nele.
E saber que ele se expande com indiferença. É a pior face de uma época que
vamos vivendo sem questionar o «desvio» e sem atender às consequências. Por isso,
dei forma a palavras e ideias simples que vos deixo:
Se o Natal vier
Como é suposto
Que demore meses a
moldar
E a modelar
A forma de um rosto
De uma alma sofrida.
E será Natal sempre que
a água correr
E será Natal sempre que
o Sol aquecer
E será Natal sempre
numa noite clara
E com as estrelas a
brilhar.
E será Natal sempre que
um homem pensar
[isto sou eu em
delírio]
No seu vizinho do lado
Nas crianças sem
brincar a céu aberto
Teimando ainda e sempre
um seu sorriso
Meio aberto
Sabendo que não há
chaminé
Nos campos ali ao pé.
Mas será sempre Natal
Como é suposto.
Mesmo sabendo que
tantos de nós
Nem sequer terão à mesa
uma filhós…
…que desgosto!
António Bondoso
Dezembro de 2021.
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