No tempo da «outra senhora» não era permitido
publicar notícias más ou desagradáveis…nos tempos que vão correndo esquecem-se
as notícias boas e positivas ou, simplesmente, vão sendo «varridas» e
empurradas para baixo dos computadores.
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É
como que uma «escola» seguidista, sem criação e – quantas vezes – até mesmo sem
reação. Dito de outra forma, são os média «justiceiros», não lhes bastando o
poder de escrutínio e de crítica. O «Populismo» começa aí, sem dúvida. Embora o
PR diga que “escrutinar governantes não é populismo”. E não esquecendo que ele
próprio foi distribuindo publicamente «guias de marcha» a Ministros e a Secretários
de Estado, esquecendo o dever institucional do recato, cedendo – naturalmente –
ao populismo. Agora, contudo, diz não se pronunciar sobre casos concretos.
Vai daí, lembrei-me que poderia
legitimamente «formar» o que se pode designar como O MINISTÉRIO DOS «MÉDIA». Omniscientes,
Omnipresentes e Omnipotentes, desfilando ou fazendo desfilar uma enormidade de
especialistas e de comentadores.
Todos
juntos, descobriram recentemente que, afinal, o governo não tem apenas 10 meses
de maioria absoluta. O «desgaste», dizem, já vem de 7 anos de governação
anterior. Uma conclusão de alguma verdade, não se desse o caso de – desde 2015
– os ministros terem entrado e saído ou simplesmente terem mudado de pastas, de
acordo com a necessidade de ir ultrapassando as dificuldades que foram surgindo.
Todos sabemos quais foram e vão sendo. Como sabemos, igualmente, que nem sempre
as escolhas são fiáveis. E de repente, alguém se lembrou da «ética
republicana». Que não se deve limitar aos governantes e aos políticos de uma
forma geral, incluindo o PR e as oposições, para já não falar dos média. Que,
do meu modesto ponto de vista, poderiam formar, mais ou menos assim, o «Novo
Ministério»: |
RTP = 1ºM, Ministros De Estado e das Comunidades.
SIC = Infraestruturas e Propaganda
TVI = Economia e PRR
Público = Assuntos Parlamentares
JN = Finanças e Descentralização
Observador = Nomeações e Negócios Estrangeiros
CM = Entretenimento e Fait Divers
Lusa = Ética Republicana.
DN = Cultura. E História e Geografia, para além das
«Artes», claro.
====Deixo
ao vosso critério o desafio de um exercício com resultados diferentes. E não
resisto, mais uma vez, a recuar aos tempos das «farpas» de Eça e de Ramalho:
“(…) Portugal,
não tendo princípios, ou não tendo fé nos seus princípios, não pode
propriamente ter costumes.
Fomos outrora o povo do caldo da
portaria, das procissões, da navalha e da taberna. Compreendeu-se que esta
situação era um aviltamento da dignidade humana: e fizemos muitas revoluções
para sair dela. Ficámos exactamente em condições idênticas. O caldo da portaria não acabou.
Não é já como outrora uma multidão pitoresca de mendigos, beatos, ciganos,
ladrões, caceteiros, que o vai buscar alegremente, ao meio-dia, cantando
o Bendito; é uma
classe inteira que vive dele, de chapéu alto e paletó.
Este caldo é o Estado. Toda a Nação vive
do Estado.” (…) Ou quer e pretende viver!
António
Bondoso
Janeiro
de 2023.
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