José
Ricardo Ferreira – o Zé Ricardo – partiu. E apesar de deixar «aviso», a notícia
não nos deixa indiferentes.
Partiu
um companheiro e amigo que conheci em S. Tomé e que, para além de marido da
prima Jú, foi amigo de meu pai. E dele me contava histórias, quantas vezes
repetidas, sempre enriquecidas com um toque de fino humor.
O
Zé Ricardo, homem de defeitos e virtudes como todos, foi de Mangualde a Lisboa,
dali partiu para S. Tomé – onde trabalhou no Lima e Gama e no ICB, na Fazenda
Pública – e, no regresso, pousou as imbambas em Moimenta da Beira.
Sempre
o conheci como repentista e de palavra fácil, atributos que lhe proporcionaram
bons momentos na Rádio. Quer em S. Tomé – no Rádio Clube e na Rádio do Parque
da cidade em parceria com o Póvoas – quer em Moimenta da Beira onde participou
no lançamento da Riba Távora. No Rádio Clube de S. Tomé chegou a produzir, nos
anos 50 do século passado, uma «novela» de humor e de crítica social «Alzira e
o Estucador». Era igualmente um apresentador de espetáculos nato – no Dramático ou no Cinema
Império – e um bom guitarrista.
À
Jú, aos filhos Zé Artur e Kiká e suas companheiras, aos netos Maria e Zé Pedro,
um abraço sentido e respeitoso.
Até
sempre Zé! E,
como me lembrou o primo Tozé, continua a ter «saudades do por do sol em
Carapito», expressão com que finalizavas as tuas crónicas quando acompanhavas a
equipa de futebol sénior de Moimenta em algumas deslocações ao estrangeiro.
24
de Fevereiro de 2020
António
Bondoso
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