2020-03-04

MOIMENTA DA BEIRA, O INFANTE D. HENRIQUE…ou as memórias de uma viagem no tempo que juntam as pessoas.


De Moimenta da Beira a S. Tomé e Príncipe; de S. Tomé a Angola e posterior regresso ao «puto»; do Porto a Macau e volta…o que eu andei pr’aqui chegar!
         Um grupo de Moimentenses a residir no Porto, que frequentou o Externato Infante D. Henrique, em Moimenta da Beira e depois se espalhou pelo país e pelo mundo, talvez no rasto do sonho do Infante, reuniu-se hoje em convívio na Fundação Cupertino de Miranda. Celebrou-se o Infante – que nasceu no Porto a 4 de Março de 1394 – e lembraram-se as raízes da interioridade em tempos difíceis tal como a esperança em vida na liberdade.
         Foi tempo de reencontrar amigos e de identificar novos rostos, foram momentos de memórias da infância e da juventude, foi um tempo de falar de famílias e de cultura. E do Externato, dos professores e da forma de ensinar. Tudo isto entre umas quantas pataniscas de bacalhau e filetes de polvo com arroz de feijão.
         Antes, no “hall” de entrada, foi fundamental saber quem era quem, identificar o grau de parentesco – alguns irmãos, muitos primos, também cunhados ou apenas conhecidos – mapear os contactos de cada um para memória futura…
         E as conversas foram fluindo até à hora da despedida e antes da foto «de família», com as habituais recomendações para a presença nos próximos convívios, aqui ou em qualquer outro lugar, sendo Moimenta da Beira o denominador comum.
         Foi o primeiro convívio de Moimentenses a residir no Porto, de uma forma mais alargada, recebendo bem como sabemos. Costumo dizer que «as pedras desta cidade são atos de liberdade», tal como Almeida Garrett dizia «Se na nossa cidade há muito quem troque o “b” por “v”, há pouco quem troque a liberdade pela servidão».
         E foi com esse espírito que todos saíram a pensar na organização do próximo encontro de Setembro, em Moimenta, não sem antes eu ter lembrado que no dia 21 de Março vai acontecer [na Galeria por cima do Auditório Municipal] uma sessão especial para assinalar o Dia da Poesia, sobre o tema SAUDADE. Poesia contada, dita e cantada.
         Um obrigado particular à organização deste convívio no Porto – especialmente ao dinamizador Miguel Leitão. 


Março de 2020                                                 
António Bondoso 



Sem comentários: