A ILHA É UMA LUPA…ou
de como Maria José Nazaré amplia o substrato de uma ILHA CORAÇÃO, abrindo janelas de emoções por onde saem pessoas de
sentimentos diversos, de realidades diferentes, nas ilhas do «Meio do Mundo» ou do «Chocolate», que o mesmo é dizer S. Tomé e Príncipe.
A autora sabe – recorda e escreveu – que «Há
momentos levados pelas rajadas do vento». E foi esse vento, não só mas
também, que a levou para fora da «ilha» e a fez enfrentar outros mares revoltos
e novas tempestades. Mas isso – e aí reside a força do seu sentir – não impediu
a ligação às raízes: a magia e o ritmo do «Batuque»
que a transportam para outras dimensões; as «Canções de embalar», as lavadeiras de «Amor fragmentado», a magia das crianças em «Quadra Natalícia», o exemplo – à boa maneira africana – de «Mamã Carlota», a defesa da família
tradicional em «Nunca é a mesma coisa».
D.
Manuel Martins entendia que «uma das grandes condições para entender a vida é ser
poeta». Direi que Maria José Nazaré – tal como Federico Garcia Lorca – tem
muito a ver com a ideia de que «a poesia é união de duas palavras que ninguém
poderia supor que se juntariam e que formam algo como um mistério». Obrigado
Maria José por ter vindo acrescentar coisas novas à literatura de S. Tomé e
Príncipe.
E mesmo sem lupa, atrevam-se a descobrir
todos os mistérios nos textos de Maria José Nazaré.
A obra vai ser apresentada pelo amigo e
camarada Abílio Bragança Neto, no dia 20 de Novembro, pelas 18h30, no espaço
UCCLA – Av. Da Índia, nº110, em Lisboa. O evento será abrilhantado pela atuação
da IGNISTUNA – Tuna Académica do Lumiar.
António Bondoso
Jornalista
Novembro de
2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário