A CRISE SANITÁRIA E O «TUGA» ESPECIALISTA…
Quando
não há certeza de coisa alguma e tudo evolui ao minuto, o ruído dos números divulgados
publicamente ao nível micro não ajuda a uma clara e correta – tanto quanto
possível – perceção da realidade.
E a propósito de uma tão estranha
quanto honrosa reação a uma legenda/rodapé de uma estação de televisão, na qual
o inserçor de carateres é o menos responsável pelos eventuais erros que vão
acontecendo, vale a pena destacar dois aspetos: 1 – ser obrigatório o recurso
ao corretor ortográfico para os que trabalham com o inserçor de caracteres e fundamental
a «revisão», por outros olhos, de tudo o quanto ali se escreve. 2 – depois da
«indignação», alguém se lembrou de tentar perceber as razões dos números tão
elevados na região norte sobre a Covid-19? Vale a pena refletir. Dos 18.091
casos confirmados hoje, muito mais de metade situam-se na região norte =
10.751! Aliás, o norte – só por si – absorve todos os casos de todas as outras
zonas do país. E dos 599 mortos, bem mais de metade aconteceram na mesma
região. Quais as razões? Há diversas e todas elas devem ser equacionadas.
E não será igualmente oportuno questionarmo-nos
sobre um tão elevado número de casos suspeitos? Mais de 150 mil, dá que pensar.
É assustador! Deixemos, por isso, que os verdadeiros especialistas se concentrem
na análise do processo. Tenho a certeza de que o estão a fazer. Mas, se cada um
no seu quintal, pretender colocar um grão na engrenagem, seguramente que a
tarefa só vai complicar.
Deixo-vos esta sugestão. É um exercício
muito interessante, ajuda a passar o tempo e auxilia os neurónios: Tentem fazer
todas as conjugações possíveis. Podem combinar qualquer expressão inserida na
primeira coluna com as das outras e na ordem 1, 2, 3, 4. As variações possíveis
são cerca de 10 mil. O quadro permite ao «manipulador» falar ininterruptamente
por mais de 40 horas, sem dizer absolutamente coisa alguma. Ora tentem…
António
Bondoso
Abril
de 2020.
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