2020-04-01

No meio dos números cruéis e da depressão…o alento de Ramalho Eanes.
Foi sempre a grande «reserva» da Nação, sobretudo no interregno entre Jorge Sampaio e Marcelo Rebelo de Sousa. 


Para quem não teve oportunidade de ouvir a entrevista de Ramalho Eanes à RTP, deixo algumas das ideias mais marcantes:
         Esta crise é um momento de silêncio e de reflexão.
Não demos ouvidos às manifestações pandémicas anteriores. Reagimos tarde. Mas Somos falíveis e muito frágeis.
Solidariedade. A Globalização não trouxe a solidariedade indispensável.
Não há que alimentar mitos sem razão, apesar do medo.
Perdemos a capacidade de ser e de estar em sociedade.
Não é admissível que haja portugueses que não tenham que comer e onde dormir.
O Estado não pode ser um Estado «mínimo». Poderá haver nacionalizações totais ou parciais.
Novos e velhos. Se formos para o hospital, nós – os mais velhos – seremos capazes de oferecer o ventilador a quem tenha mulher e filhos.  
E os nossos irmãos, também em África. A Europa não pode abdicar de uma atitude realisticamente solidária. 



António Bondoso
1 de Abril de 2020.

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