No
meio dos números cruéis e da depressão…o alento de Ramalho Eanes.
Foi
sempre a grande «reserva» da Nação, sobretudo no interregno entre Jorge Sampaio
e Marcelo Rebelo de Sousa.
Para
quem não teve oportunidade de ouvir a entrevista de Ramalho Eanes à RTP, deixo
algumas das ideias mais marcantes:
Esta crise é um momento de silêncio e
de reflexão.
Não
demos ouvidos às manifestações pandémicas anteriores. Reagimos tarde. Mas Somos
falíveis e muito frágeis.
Solidariedade.
A Globalização não trouxe a solidariedade indispensável.
Não
há que alimentar mitos sem razão, apesar do medo.
Perdemos
a capacidade de ser e de estar em sociedade.
Não
é admissível que haja portugueses que não tenham que comer e onde dormir.
O
Estado não pode ser um Estado «mínimo». Poderá haver nacionalizações totais ou
parciais.
Novos
e velhos. Se formos para o hospital, nós – os mais velhos – seremos capazes de
oferecer o ventilador a quem tenha mulher e filhos.
E
os nossos irmãos, também em África. A Europa não pode abdicar de uma atitude realisticamente
solidária.
António
Bondoso
1
de Abril de 2020.
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