HAVERÁ UM TEMPO JUSTO?...
TEMPO JUSTO.
Não sei se o tempo existe nem sei se terá tempo para isso. Uma dúvida
existencial como tantas outras, uma questão filosófica talvez – ontológica certamente
e quase a confundir-se com a metafísica. O
tempo não é velho nem é novo – recordando o que há dias escrevi a propósito de
uma ideia “abadesca” situando o paradoxo do Natal (como tempo de nascer) e da morte
(igualmente tempo de nascer numa ou para outra dimensão). Neste ponto…é a Fé a
sobrepor-se. Como que uma retórica de conforto em tempo de dor. Mas nestes
tempos de crise – o que é realmente importante é o conforto de viver em
dignidade! E essa...só será conseguida com um tempo novo.
Voltamos, portanto, à
existência do tempo. E quem não se lembra daquela “ladainha” em que o tempo pergunta ao tempo quanto tempo o
tempo tem…e o tempo responde ao tempo que o tempo que o tempo tem é tanto tempo…quanto
tempo o tempo tem! A ser assim, penso não deixar de ser fundamental que
esta asserção englobe toda e qualquer circunstância, toda e qualquer medida.
Por isso, seja-me permitido
esperar legitimamente que venha aí um tempo novo, um tempo de justiça e de
felicidade. E desejar a todos que assim seja, com muita saúde para viver esse
tempo – um intervalo entre a vida preenchida de altos e baixos…e essa ideia real
que podemos situar entre o negro tétrico e o cinzento mais ou menos enigmático.
Pensando positivo, lá
vamos a caminho do Novo Ano/Ano Novo...levados pelos ventos de uma liberdade
conquistada e defendida com sacrifícios de vária ordem. E que agora clamam por
mais felicidade e mais justiça.
Bom, feliz e digno 2016.
António Bondoso
António Bondoso
Jornalista
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