A ALMA DA MINHA RUA.
A ALMA DA MINHA RUA. (A Publicar).
Conheço bem um por
um
Todos os buracos da
minha rua.
E as pedras que
deles saltam
Amachucam a paciência,
Batem forte
projetadas
Por uma roda que
não anda
Mas cai e logo se
prende
À evidência da
sorte.
É uma rua sem saída
Ou uma entrada
comum,
Chamam-lhe praça ou
praceta
De gente nobre da
terra
Que tem por certo
uma faceta
De nunca ter ganho
uma guerra.
Um por um nesta
trincheira
Conheço qualquer
buraco,
E nem mesmo por
brincadeira
Aceito que o
regedor me venha deles falar...
Quando os buracos
alargam
E até mudam de
lugar.
É que eu conheço um
por um
Todos os buracos da
minha rua.
Assim como minha
alma toda
Quando se apresenta
nua.
======== António
Bondoso (A Publicar)
Maio de 2013.
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