2014-02-28


***** Foi há 20 anos!
           Mas há sempre uma memória. 



Luís Bondoso. Ao centro - deitado - ao lado do g.r. Zé Maria.

HÁ VINTE ANOS…
… e eu não estive presente. Dói-me por isso. Muito. Não faço da culpa um caso dramático, mas persiste a dúvida de saber se teremos feito o possível…e da forma mais competente. Teria sido possível contornar o “sistema”? A múltipla resposta não permite uma conclusão definitiva e isso, em boa parte, remete para uma saudade maior.  
A saudade da alegria da presença, a saudade do sentido de humor e do riso maroto…a saudade de quem, por obra do destino, se viu desenraizado nas “raízes” e encostado a uma solidão – embora não permanente – mais espiritual do que física. 
E partiu…mesmo antes de eu partir de novo. Ao Pai que foi!
VIAJAR…(*)
Ali aonde se vai
Fica a saudade de chegar
Esperança de poder voltar
A ver partir.
Aqui onde se chega
Não cabe a imensidão
De ser, estar no coração
Alegre vontade de sorrir.
António Bondoso – 28 de Fevereiro de 2014
(*) – Em “…Da Beira! Alguns Poemas e Uma Carta para Aquilino”. Atelier, 2008, António Bondoso. Pg.19.


António Bondoso.
28 Fevereiro 2014.

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