2014-02-14


SOBRE A MINHA CRÓNICA DE HOJE NO "CORREIO BEIRÃO".


RUMORES…
…sobretudo a propósito dos números do “nosso descontentamento” que os governantes não desistem de injetar nos incautos eleitores.
         Tudo é possível – dirão uns – enquanto a outros já nada ou quase nada parecerá estranho, particularmente quando já se viu um “porco a andar de bicicleta”. Podemos analisar o caso mais recente dos “rumores” que envolvem o presidente Obama, lançados por um fotógrafo francês que, entretanto, já veio desmentir o boato. Nada que o sensacionalismo e o jornalismo (?) pink desconheçam como forma de aumentar as tiragens. Uma “piada” que, pelos vistos, poderá ficar impune. Mais grave será o caso de, os mesmos rumores, obrigarem o conceituado Washington Post a desmentir que estivesse prestes a publicar a notícia do tal alegado romance de Obama com a cantora Beyoncé. É o vale tudo ou – como diria Maquiavel – os fins justificam os meios. Sempre uma questão de números!
            As exportações, por exemplo. Em 2012 cresceram 5,7%. Em 2013, diz o governo, cresceram 4,6%. Percebem? Depois procura-se explicar a contradição:- afinal, exportou-se menos mas vendeu-se mais! E pronto…ficamos todos felizes com o “abrandamento”!
            E temos também o Maduro. Não o da Venezuela mas o de cá, o do governo! Foi o dito à AR dizer que a RTP tem pessoal a mais. O que não será propriamente uma novidade. A “novidade”, vamos ver, está nos números. Segundo o OBERCOM (Observatório da Comunicação) a RTP tinha, em 2005, mil e cem (1100) trabalhadores. Pois agora e segundo Maduro – não o da Venezuela, mas o de cá, o do governo – a empresa tem 1800 trabalhadores. Isto é, se não tivesse saído nenhum, teriam entrado mais 700 trabalhadores. Mas todos sabemos que saíram alguns. Em 2009, na administração de Guilherme Costa, rescindiram 200 e havia a perspetiva de saírem mais 100.
            Sendo assim, entre os ativos de 2005 e os de 2009 – deveria haver uma diferença de, pelo menos, 200 trabalhadores, o que situaria o número em apenas 900. Se não tivesse sido admitido nenhum, claro! Em 2013, portanto, e já nesta administração de Alberto da Ponte, o número deveria rondar os mil trabalhadores. Contudo e apesar de mais 144 rescisões (num total previsto de 240) o número de trabalhadores passou – de repente! – para 1890 = mil, oitocentos e noventa! É obra! Uma obra desenganada! Haverá quem os perceba? E com a recente “felicidade” de voltar a ver a “dívida” a crescer…com a ida aos “mercados”, veremos se ainda não ultrapassámos o limite dos 130% do PIB.
            São rumores, meus senhores…apenas rumores!
António Bondoso
Jornalista – CP359.
antoniobondoso@gmail.com




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