O MEU OLHAR SOBRE AS QUESTÕES INTERNACIONAIS. NO JORNAL
"CORREIO BEIRÃO"
UMA
JANELA PARA O MUNDO.
***Entre uma União
Europeia em “desagregação” – ou com uma saúde muito débil – e um emergente
Brasil em compasso de espera económico, para além da convulsão social, o mundo
continua a oferecer contrastes que importa assinalar. Enquanto na Síria, os
donos do veto no Conselho de Segurança da ONU vão tratando a tragédia apenas
com algumas compressas e umas gotas de betadine, no outro lado do mundo os
chineses da República Popular e os da Formosa/Taiwan decidem dar mais um passo
para um entendimento futuro que – inevitavelmente – irá conduzir à
“reunificação” da Grande China. Não será certamente para amanhã e é provável
que demore ainda muitos anos. Mas o tempo não é um problema para a China –
senhora de uma invejável Cultura milenar. Já integraram Hong Kong e Macau, após
séculos de domínio estrangeiro, faltando Taiwan – apenas desde os anos 50 do
século XX o refúgio das forças nacionalistas que seguiram Chiang Kai-Shek, após
Mao Tsé Tung e os comunistas haverem tomado o controlo da China continental em
1949.
***Pelo contrário, no
Brasil, tempo é o que não sobra a Dilma Rousseff para tranquilizar a ferida
“classe média” e travar a contestação. É que, já no Verão, pode ser afetado
gravemente o campeonato mundial de futebol [com prejuízos financeiros
significativos, sobretudo no turismo] e, para Outubro, estão previstas eleições
que poderão não corresponder aos objetivos de Dilma. A Presidente não tem sido
hábil na gestão da convulsão social, o que lhe poderá trazer dissabores – como
por exemplo não ser no seu mandato a realização dos primeiros Jogos Olímpicos
na América do Sul, depois de muitas tentativas.
A.B.
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