UM GRANDE ABRAÇO AO ZÉ RODRIGUES.
HÁ
CIRCUNSTÂNCIAS FELIZES…
…QUE
NOS DÃO FELICIDADE !
Um
amigo, mais pela simpatia dele do que por mérito meu, assinalou hoje o seu 77º
aniversário. E por um feliz acaso – ver o espaço onde amanhã vai decorrer a
apresentação do meu livro LUSOFONIA E
CPLP – Desafios na Globalização e preparar, naturalmente, a logística da
sessão com o Alfredo Vieira – acabei por me ver envolvido num gesto de bonito e
sentido calor humano. No seu espaço de criação, na rua da Fábrica Social, o
Mestre José Rodrigues foi simbólica e “familiarmente” homenageado por aqueles
que ali trabalham – quer no campo da escultura, quer desenvolvendo os mais
diversos misteres num “regime” de incubadora: de psicólogos a arquitetos, de
bailarinos a homens da escrita.
A Fundação celebrou o aniversário do
Mestre, improvisando uma surpresa que lhe tocou muito e o deixou em puro estado
de felicidade. Com acompanhamento da “Banda da Fundação” cantaram-se os tradicionais
“parabéns a você”, ouvindo-se ainda uma magistral interpretação do “Porto
Sentido” de Rui Veloso.
Depois brindou-se à saúde do Zé, houve
bifanas e prendas, não faltando o bonito e saboroso bolo de aniversário.
São 77 anos de uma vida plena, de um
grande homem que faz o favor de ser meu amigo, que eu me habituei a acompanhar
e a admirar desde o nascimento da Bienal de Artes em Vila Nova de Cerveira, que
transportou “às costas e na cabeça” as pedras do antigo Convento de San Payo,
que há 51 anos ajudou a erguer a Cooperativa Árvore – um símbolo de liberdade
do pensamento “inventada” nas tertúlias do Majestic com Ângelo de Sousa,
Armando Alves, Deus Pinheiro e Egito Gonçalves. Os tempos eram difíceis, o
cerco era imenso e a Pide estava vigilante. E depois, ainda sem ajudas do
Estado, teve tempo para erguer a sua Fundação na rua da Fábrica Social, ali à
Fontinha.
Lembrei-me de tudo isto – e ainda falta
muito mais, como as “incómodas” conversas na RDP-Antena1 no primeiro lustro
deste século, na companhia do Júlio Montenegro, de António Vilar e de Jorge
Bento – apenas porque tive a felicidade de estar no lugar certo à hora certa. E,
passe a redundância, há momentos felizes que nos dão felicidade. Um grande,
grato e presente abraço Zé.
António
Bondoso
28
de Outubro de 2013.
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