A NOTÍCIA, COM ORIGEM NA AGÊNCIA LUSA, ESTÁ PUBLICADA NO JORNAL DE CABO VERDE "A SEMANA".
E A PROPÓSITO... volto a falar do meu recente livro "LUSOFONIA E CPLP - DESAFIOS NA GLOBALIZAÇÃO".
"O cartaz musical do Festival da Lusofonia de Macau, que acontece no próximo mês de Novembro, vai contar com a voz de Mirri Lobo. A programação completa inclui, além da música, dança, gastronomia e exposições.O festival arranca no dia 01 de Novembro com os concertos dos Maya Cool (Angola), Ammy Injai (Guiné-Bissau) e Syndicate & Floor Fillers (Goa, Damão e Diu).Mirri Lobo actuará no anfiteatro das Casas-Museu da Taipa no segundo dia do evento. Na mesma data também se apresentarão os Kumpania Algazarra (Portugal), Stewart Sukuma (Moçambique), Edu Casanova (Brasil), Nilo Jalégo & Florentina (S. Tomé e Príncipe) e Estrela do Mar (Timor-Leste). O festival da Lusofonia de Macau tem como objectivos promover a cultura dos países e regiões de língua portuguesa, realçando os aspectos de contacto, de influência mútua e intercâmbio". Pretende ainda "homenagear as comunidades locais de expressão portuguesa que ajudaram a construir Macau e que decidiram permanecer" no território, realçou o administrador do Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), Henry Ma Kam Keong.
Orçado em 1,75 milhões de patacas (quase 18 milhões de escudos cabo-verdianos), o Festival da Lusofonia espera atrair aproximadamente 25 mil pessoas nesta edição."
Fonte: Lusa
O que pode ler-se, por exemplo, nas páginas 66 e 67:
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1.6. Afinal, Macau...
e a China
Continuando
a seguir o pensamento de Adriano Moreira,
voltamos
ao Oriente, concretamente a Timor e particularmente
à
China, cujo governo central – numa inicativa de “novidade no
domínio
das técnicas das relações internacionais” – incentivou
Macau
(uma Região Administrativa Especial) a desempenhar um
papel
de charneira no desenvolvimento das relações económicas da
China
com os países falantes da língua portuguesa. A criação, ali,
de
um Fórum empresarial, levou a então Vice-Primeiro Ministro
Wu
Yi a dizer que “o fórum... fará crescer dramaticamente a
importância
política de Macau nas relações internacionais”. Sendo
um
tema para ir acompanhando com interesse nos proximos anos,
o
atual presidente da Academia das Ciências de Lisboa não deixa de
valorizar
algumas “vozes atentas” de Hong Kong, nomeadamente a
do
influente South China Morning Post: “A língua e o restante legado
cultural
ainda ligam Macau a Portugal na Europa, Angola, Cabo
Verde,
Guiné-Bissau e Moçambique em África, Timor no Pacífico
e
Brasil na América do Sul. Estes laços são parte da rica herança
de
Macau”. Pode estranhar-se a ausência do nome de São Tomé e
Príncipe,
mas a justificação é facilmente encontrada no facto de
aquele
PALOP ter preferido uma relação privilegiada com Taiwan.
Apesar
disso, S. Tomé e Príncipe – hoje apenas um dos raros países
africanos
a reconhecer o regime da Formosa – tem representação no
Fórum
com o estatuto de observador.
Esta
questão do “peso” da língua na economia (PIB) vai merecer
um
capítulo especial, mas – por agora e aproveitando a referência a
Macau
– não deixa de ser interessante um apontamento do jornalista
Helder
Fernando no jornal Hoje Macau (2011) – na secção À Flor da
Pele,
Destaque – sob o título “Lusofonia é muito mais do que falar
português”.
Este
jornalista, formado na Rádio em Moçambique e radicado
em
Macau há 30 anos onde tem exercido a sua atividade na TDM
e
na imprensa local em língua portuguesa – tem acompanhado
de
forma persistente os assuntos relacionados com a “Lusofonia”,
interpelando
e dando voz às diversas associações dos oito países
de
língua oficial portuguesa ali constituídas. Como é o caso da
Associação
de Amizade Macau/Timor-Leste (AAMTL) que em
maio
assinalou o 9º aniversário da restauração da independência de
Timor-Leste:
“Dirão que foi muito formal – tocou-se e cantou-se o
Hino
De Timor-Leste, houve discurso denso por parte do presidente
associativo,
declamou-se poesia e, surpresa da noite, falou um ilustre
e
ainda jovem coronel chinês de 4 estrelas, o Prof. Jun Wu, diretor do,
em
inglês, “Third Military Medical University, Southwest Hospital,
Institute
of Burn Research”. Este académico e militar cativou os
presentes,
membros da associação e convidados, com intervenção
culta,
de improviso e sábia quanto aos seus objetivos e ao modo de
os
apresentar. Posteriormente ficou-se a saber que o Prof. Jun Wu
ficara
muito bem impressionado com o convívio e com os objetivos
da
AAMTL. Com a sábia estratégia de Pequim, este universo da
lusofonia,
mesmo com algum desconhecimento circunstancial da
língua,
desagua em entendimentos. Porque “lusofonia” é muito mais
do que falar e escrever
português”.
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Outubro de 2013.
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