Da
imbecilidade à iliteracia…ou de como os «perguntadores» dos média são
incompetentes e demonstram uma falta de ética altamente reprovável. É uma tristeza
tamanha, como diz a canção.
Já
que não há uma Ordem, a próxima tarefa da CCPJ deveria ser determinar um exame
rigoroso para a obtenção do título profissional. E depois, o caso da arrogância
raivosa que se instalou. Não na «classe», que não existe, mas no «arregimentado»
de fulanos que diariamente nos invadem o espaço tranquilo que habitamos. Este
caso é muito mais preocupante do que o vírus em si. Não fora a «oportuna»
intervenção do PR, no final da reunião científica onde os técnicos explicaram
aos políticos e aos representantes da sociedade a evolução da atual crise
pandémica…teríamos provavelmente assistido ao vexame de dois perguntadores
quase chegarem a vias de facto, na habitual sessão de divulgação dos números
relativos à Covid-19.
E depois de ouvir/escutar o PR, fica-me
a certeza da «estatura» de competência e inteligência manifestadas pelo 1ºM
António Costa, na abordagem a esta crise, a quem muitas vezes – em circunstâncias
diferentes – tenho tecido críticas duras.
Outra crítica aos perguntadores tem a
ver com o facto de, ao arrepio de tudo aquilo a que chamamos bom senso,
«colocarem» o líder do PSD no mesmo cenário que havia servido para a
intervenção do PR, minutos após este ter intervindo e respondido às questões
dos perguntadores. Ali, naquele cenário, depois de falar o Chefe de Estado, não
fala mais ninguém. Se queriam obter a opinião de Rui Rio…teria sido mais
avisado interpelá-lo noutro local do edifício. Assim, podemos interpretar a
situação como uma tentativa de colocar o líder do PSD ao nível do PR e,
porventura mais grave, uma tentativa de conseguir arranjar um manifesto antagonismo
entre o PR e um líder partidário. E, tal como há diferença entre o que é
«racionar» e o que é «racionalizar»…também nesse caso se trata de não confundir
antagonismo com o que chamamos de contraditório.
António
Bondoso
Março
de 2020.
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