2009-12-31

À VOLTA DE MIM E DO MUNDO !


ANO NOVO...NOVO ANO!

O comum das mensagens electrónicas e dos telemóveis na hora. A terceira geração ? Mais parece que já comunicamos na décima.

Praticamente uma escrita cifrada, para dizer mais ou menos as coisas que é usual dizerem-se há já várias décadas.

Primeiro – um Ano Novo muito próspero!

Depois – muita Alegria e Desejos à tua medida!

Paz, Amor, Felicidade – um triângulo quase sempre permanente!

Mais tarde – vieram as preocupações com a Saúde! Muita saúde, que é o bem mais precioso!

Numa outra perspectiva – chegaram em simultâneo as preocupações solidárias!

Hoje – é tudo muito mais simples!

T’-se Bem; Bué da fixe; cool; um 2010 com tudo k precisas; K o novo Ano te dê 1 emprego ou 1 trabalho; Do Baril; Muitos trocos; uma nice; lol; etc.etc.etc.............................................................

É a tridimensão da mensagem: - quanto menos se escrever mais sinceridade se exprime. Uma comunicação breve mais facilmente se assimila. Linguagem adaptada às novas realidades!

Sobretudo a Internet, pois claro! Disponível e ao alcance de 1 simples botão no telemóvel mais moderno.

O impacto de tudo isto ? Esperemos para ver... Talvez não tanto tempo assim !

E depois? Os valores... a Cultura! Que Cultura ? Novos conceitos, novos paradigmas. Serão necessários?

Voltemos então aos votos para um Novo Ano!

O que pedir para nós? O que desejar aos Amigos?

Começa a ser difícil, muito difícil, encontrar uma plataforma mais ou menos apropriada aos novos tempos. Crises políticas, crises económicas, crises de valores, crises de ética, crises de pensamento!

No meio de tantas crises – o que pedir, como pedir, a quem pedir ?

Proponho que voltemos ao início de todos os tempos, avaliemos as permanências das “Idades” e delas retiremos o melhor. Os avatares agradecem!

E por isso... me dirijo... à Plateia! Embora datado, não deixa de ser intemporal...

À PLATEIA

Amigos conhecidos

Amigos de muitos amigos

Gente diversa que entabula conversa

Mentes abertas a novas paisagens

Poetas de imagens

Razão das viagens.

Ouvir e saber ouvir

Assembleia de críticos

Mostrai raça no confronto

Filosofia inquieta,

Deixai circular o vento

Das ideias das palavras

Espalhai a boa nova

Sem censura ao pensamento.

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António Bondoso - Fev. de 2008.


Portanto... Um Bom Ano Novo! Boas saídas e melhores entradas! Com muita saúde e a concretização dos vossos desejos! Paz, Felicidade, Solidariedade – assim o queiram os líderes das Nações, assim o queira cada homem em relação ao seu próximo! Cumpram-se as UTOPIAS!

Votos do António Bondoso, em 31 de Dezembro de 2009.

2009-12-19

À VOLTA DE MIM E DO MUNDO !


MACAU !
FOI HÁ 10 ANOS... PASSAM 10 ANOS... COMPLETAM-SE 10 ANOS...

Um número, uma efeméride, um "balanço"! À boa maneira portuguesa, faz-se sempre um balanço de qualquer acontecimento, de uma qualquer situação - por mais insignificante que possa ser. 10 dias, um mês, 6 meses, 1 ano, 5 anos, 10 anos!

Contudo, Macau não é um acontecimento qualquer. Merecedor das atenções portuguesas apenas depois do 25 de Abril de 1974 - sobretudo quanto à sua modernização - o território no qual permanecemos 400 anos nunca deixou indiferente quem lá viveu.

Por isso, também eu tenho feito o meu balanço. Não como jornalista, apenas ou sobretudo. Particularmente como cidadão do mundo que, por acaso, um dia foi viver e trabalhar em Macau.
E durante seis anos acompanhou o processo de transição. Doloroso para uns, oportunidade para outros. Oportunidade para estes, de ver crescer os seus interesses - sem perceber exactamente a importância dos acontecimentos. Aproveitando a dor, a inquietação, o dilema de alguns milhares - distribuíam críticas a torto e a direito, sobretudo aos responsáveis pelo processo, aos governantes na República e no Território.
Não deixa de ser curioso notar a incongruência dos "argumentos". Cedemos muito, era preciso mostrar mais firmeza. Talvez na memória desses outros ainda o trauma da inevitabilidade da descolonização africana ! Que não podíamos contornar... nem controlar, nas circunstâncias do tempo em que se deu. Apenas "Peões de Brega" no contexto da Guerra Fria, nem dos nossos "aliados" podíamos receber mais ajuda. A qual, no fundo, era quase nada! Inevitável, portanto, uma descolonização fora de tempo. Tal como havia sido já a tragédia do "Estado da Índia" em 1961.
E quando falo em "curioso" - quero apenas salientar a incongruência de quem criticou o que se poderá chamar de "teimosia" de Salazar, na altura. Que quis resistir, com firmeza, sem condições objectivas para o fazer. Os mesmos, ou outros com idêntica deformação, não se coibiram de criticar os governantes do novo regime português - exactamente por ausência dessa mesma teimosia relativamente a Macau.
O habitual atavismo português, a habitual conversa de café, a habitual ausência da procura do conhecimento, a tradicional incompetência de uns quantos - destinados a morrer na ignorância.
Como aquele senhor educador de infância que, para um banal texto de "balanço" elaborado para o jornal Público por Francisca Gorjão Henriques e Daniel Rocha [que viajaram a convite da Fundação Oriente], referiu : - "por vontade do sr. Rocha Vieira tinha-se embalado tudo, e o último a sair que feche a porta e apague a luz". Pedro Ascensão trocou, entretanto, o ensino pela propriedade de um bar em Macau, onde chegou em 1994.
O texto (com origem nos "olhos" e nos "ouvidos" daqueles jornalistas do Público) até é merecedor de uma análise positiva da minha parte. Mas não é mais do que uma peça jornalística. Eventualmente como outras de igual forma recomendáveis. Falta-lhe, contudo, a componente científica. Provavelmente também não seria essa a intenção de quem os "enviou" - agora que a profissão é dominada pela vertigem e pela obsessão do "vender"!

A proximidade proporcionada pela "net" torna tudo mais fácil. E Macau - apenas um ponto lá longe - não deixa de ser, para mim, um ponto permanente no qual ainda pulsam amigos e conhecidos. Especialmente para eles, apenas mais este "ponto":

CONTENTOR

Apenas um ponto

Longe, ansiosamente distante

Mas ainda assim o centro

Das belas imagens

Que marcaram o oriental capítulo do meu império imaginário.

Macau

O rio e as ilhas

Pérolas brilhantes da memória dos amigos que resguardo

Respeito e respiro

Sinto e vivo em cada lembrança que me chega.

Não foi Camões que me prendeu

Nem a sua virtual Dinamene

Foi mais a força do insenso e do ópio brutal de Pessanha

Como às Portas de um Cerco à espera.

Do seu túmulo se elevam em espiral

Não me deixam levianamente levantar ferro

Ancorado como estou nas amarras de um porto interior

Do qual vi partir o contentor

Fiel depósito dos amores que me rodeiam

Serenam e protegem quando tudo é angústia à minha volta.

------------- A.Bondoso, 2009.

2009-12-14

À VOLTA DE MIM E DO MUNDO !


ANTES QUE SEJA TARDE.........


BOAS FESTAS E UM 2010 COM SURPRESAS AGRADÁVEIS !

ISTO...SOU SÓ EU A PENSAR ALTO !!!


PODIA? PODER PODIA...MAS NÃO SERIA A MESMA COISA !


Dois golos - dois penalties não assinalados - duas bolas na trave... qual é a razão ( ou razões) que leva os árbitros a não marcar grandes penalidades a favor do F.C. do Porto ?

E mais: - os adversários do Porto terminam sempre os jogos com onze jogadores em campo!

Olhão ? O importante era não "amarelar" ( avermelhar é impensável!) o sr David Luiz.

É uma "verdade desportiva" à moda do caracóis de fato às riscas!

Mas não convém falar muito destas coisas em vésperas da deslocação dos portistas ao "caixote" da Luz.

Sumaríssimo para David Luiz ? Seguramente não agora que temos um apito encarnado!

Vamos indo e vamos vendo !