2010-04-25

OS SENTIDOS DO 25 DE ABRIL ! - 1.


A URGENTE INVERSÃO DE MARCHA !

Primeiro foi o sentido branco da Primavera, correspondente à pureza ingénua dos jovens capitães, desejosos de terminar com uma guerra de guerrilha interminável.

Depois foi o sentido vermelho ideológico, de Leste carregado – o aproveitamento “enquadrado” das organizadas estruturas da Guerra-Fria.

Pelo meio um sentido amarelo de aviso Outonal para repor os ideais do sonho – dos sonhos!

Ainda um sentido verde de esperança, próprio do rasgo, da vontade, da atitude de quem começa um caminho novo.

Finalmente o sentido azul “obrigatório” da adesão à CEE – o único que “oferecia” sustentabilidade para um futuro democrático e em liberdade.

Mas, como em tudo na vida, também as regras de trânsito são violadas. Os limites de velocidade, os sentidos proibidos, os sinais de informação.

E, assim, somos hoje confrontados com um sentido obrigatório de contornar as inúmeras rotundas que se espalham pelo país. De tanto contornar andamos tontos, à espera que o trânsito fique completamente interrompido. Aí será o caos quase absoluto, e não sei se haverá sentidos que possam indicar a necessária inversão de marcha.

2010-04-19

O JOÃO...À DISTÂNCIA DE UM CLIC

Virtualmente falando – comum nos dias de hoje – tudo está (parece estar) à simples distância de um clic no portátil computador de cada um.

Já quase ninguém (naturalmente um exagero informático!) manifesta surpresa por uma longa ausência física: é pá, já não te vejo há tanto tempo!

Não tivéssemos nós “coração”... e também o passamento poderia ser assim encarado. Como no contexto de uma longa viagem pela galáxia. Temos sempre as fotos para recordar e matar as saudades.


Anos de 1950




2010

Entre estas duas imagens, vai muito mais de meio século. Uma em S.Tomé - outra em Moimenta da Beira. Pelo meio ficaram Angola, os estudos, a música, o trabalho, o casamento, e muitos outros sonhos daquela grande África.
Aqueles sonhos partiram há muito, outros tomaram o seu lugar. Novas iniciativas, novos filhos, os netos. Moimenta foi a escolhida. Não fugiu às raízes.
A vida continua. Na lembrança da Felisbela, da Cristina, do Hugo, da mãe e dos irmãos. Também na minha. Até sempre !