2024-01-24


Entre promessas populistas e demagógicas e um certo humor negro de «sorriso amarelo»…cá vamos cantando e rindo.

                                                              Foto de António Bondoso

E quando um «boneco» nos devolve um estado de espírito positivo, uma certa alegria de viver neste país «fora de tempo», sujeito a destemperos jurídico políticos que passaram a governar o Estado. Felizmente vai haver eleições – embora sem motivo justificável – podemos dizer, e só espero que os eleitores possam ter um rasgo de lucidez para evitar o regresso de uma «direita» que nos espoliou entre 2011 e 2015. Não é apenas um problema de colocar a «cruzinha» no quadrado certo do boletim de voto; é importante notar que devemos penalizar um PR com enormes responsabilidades no desenvolvimento da «crise» a que chegámos, penalizar um MP incompetente e os partidos das oposições que mais contribuíram para a degradação da vida política, esquecendo o esforço feito para repor o que a direita retrógrada havia subtraído, o esforço efetuado para controlar os efeitos de uma das mais terríveis pandemias que assolaram o mundo e, por fim, ir tentando controlar os efeitos económicos de uma guerra brutal que voltou à Europa e de uma outra que, sendo tão antiga como a civilização judaico-cristã, está a derrotar as teorias dos «espaços culturais» e a favorecer cada vez mais a ideia do «choque de civilizações» de Samuel Huntington. Tudo isto, confirmando o «erro» de Francis Fukuyama quando pensou e escreveu o «Fim da História e o Último Homem». As «democracias liberais» não estão a expandir-se, longe disso. Os sinais das extremas-direitas populistas são evidentes na Europa, nos Estados Unidos e na América do Sul, a somar às tiranias africanas e asiáticas.


                                                                Foto de António Bondoso

E nós, por cá, a reivindicar mundos e fundos. Legítimos em alguns casos mas demagógicos e populistas na sua maioria. Veja-se o fracasso do PSD/Chega nos Açores e, agora, a suspeição sobre os governantes do PSD na Madeira. Costa demitiu-se por um parágrafo; Albuquerque tem um catálogo inteiro. Como se dizia no antigo regime… “lá vamos cantando e rindo”.

António Bondoso

24 de Janeiro 2024.