2023-12-30


SE O NOVO ANO VIESSE DO CÉU

Se a viragem do ano transportasse em si mesma o valor absoluto do bem-estar e da justiça, seria como que um momento perfeito da humanidade.

Contudo, é muito complicado este mundo habitado por humanos!


Desde o início dos tempos sempre a pesar a vida e a morte, matar ou morrer, viver e sobreviver, a pobreza e a riqueza, a alegria e a tristeza, o belo e o feio, o mal e o bem, a felicidade e a miséria, o poder e a submissão, o pecado e a graça, a mentira e a verdade, a dúvida e a certeza, a traição e a lealdade, o amor e o ódio, o perto e o longe.

Por isso me tenho interrogado inúmeras vezes se haverá um tempo justo.

Não sei se o tempo existe nem sei se haverá tempo para isso. Uma dúvida existencial como tantas outras, uma questão filosófica talvez – ontológica certamente e quase a confundir-se com a metafísica. O tempo não é velho nem é novo – recordando o que há dias escrevi a propósito de uma ideia “abadesca” situando o paradoxo do Natal (como tempo de nascer) e da morte (igualmente tempo de nascer numa ou para outra dimensão). Neste ponto…é a Fé a sobrepor-se. Como que uma retórica de conforto em tempo de dor. Mas nestes tempos de crise – o que é realmente importante é o conforto de viver em dignidade! E essa...só será conseguida com um tempo novo.


Voltamos, portanto, à existência do tempo. E quem não se lembra daquela “ladainha” em que o tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem…e o tempo responde ao tempo que o tempo que o tempo tem é tanto tempo…quanto tempo o tempo tem! A ser assim, penso não deixar de ser fundamental que esta asserção englobe toda e qualquer circunstância, toda e qualquer medida.  

Por isso, seja-me permitido esperar legitimamente que venha aí um tempo novo, um tempo de justiça e de felicidade. E desejar a todos que assim seja, com muita saúde para viver esse tempo – um intervalo entre a vida preenchida de altos e baixos…e essa ideia real que podemos situar entre o negro tétrico e o cinzento mais ou menos enigmático.

Pensando positivo, lá vamos a caminho do Novo Ano/Ano Novo...levados pelos ventos de uma liberdade conquistada e defendida com sacrifícios de vária ordem. E que agora clamam por mais felicidade e mais justiça.

 

E se…

Se o novo ano viesse do céu

Por certo seria azul

E diferente, pois então!

Para melhor

Sempre a caminho do sul

Guiado pelas estrelas

De um enorme coração.

 

Se o novo ano viesse do céu

Por certo seria azul

Tal como as águas tranquilas do rio

Ou do mar alto que sei.

Diferente e para melhor

Sempre em busca do calor

De um imaginário que é meu

Do qual gostei e que amei.

 

Se o novo ano viesse do céu

Talvez o mundo tivesse a cor dos meus olhos!

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António Bondoso

(Dez de 2017)

António Bondoso

Dezembro de 2023

2023-12-25

 2023.

Independentemente do que possa vir ainda a acontecer, este foi o ano em que ficou evidente a «vergonha» do MP que temos.

Mas agora é que vai ser, com a nova «equipa especial». É como a seleção de futebol antigamente: …trabalha como eu quero – 9 a zero!


 Positivo:

Jornada Mundial da Juventude.

Equilíbrio do OE.

Solução Governativa em Espanha.

 

Negativo:

O «parágrafo» do MP da autoria da PGR Lucília Gago.

A «cunha».

Os equívocos dos professores no que chamaram de «luta pela escola pública».

Comportamento de Todos os elementos do SNS.

Algumas más escolhas de António Costa.

As «tristes» figuras de Cavaco, Passos e Durão Barroso.

As «oposições» na AR.

Ainda a invasão da Ucrânia pela Rússia, o Terrorismo do Hamas e a resposta de Israel. A 7 de Outubro, o «ninho da serpente» libertou um «ninho de vespas».

Eterna «crise ambiental».

Golpismo instalado na Guiné-Bissau. Inação da UA, CEDEAO e CPLP.

Esperança:

O saudável «voluntarismo energético» de Pedro Nuno Santos no PS, para combater o caruncho à direita e à esquerda.

Preocupação:

Crise na Argentina.  

E na União Europeia.

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António Bondoso

Dezembro de 2023.

2023-12-20

 

Viperino e peçonhento o ataque criminoso e sem moral de Passos. Bárbaro, de memória curta, enviesado e asqueroso.

Esqueceu-se dos milhares de euros que passaram e desapareceram da «sua Tecnoforma» de má memória, nunca explicados e depois «prescritos»; esqueceu-se dos muitos milhares de milhões sonegados aos pensionistas e reformados na desgraça do seu (des) governo e que não evitaram a subida vertiginosa da dívida pública; permitiu o «criminoso», ilegal e desesperado negócio da privatização da TAP, já para além do tempo de voo do seu (des) governo; esqueceu-se do caso dos «submarinos» do seu irrevogável parceiro PP, que ainda teve tempo para fotocopiar e desviar documentos à última hora; ignorou a FOME de milhares de portugueses, alguns dos quais morreram à porta dos hospitais no seu tempo ou então definhavam à porta das farmácias.

         Asquerosamente banaliza a maldade e a falta de moral.

Uma verdadeira sequência de «emes» este PPC: mesquinho, malabarista, medíocre e sem moral.


                                                           Sugarcub, Roberta Lewis 

 

Veio-me à ideia aquela antiga «lenda» africana recordada por Regina Correia no seu livro “Uma Borboleta na Cidade”, de 1999 e agora reimpresso em edição especial pela Editorial Novembro. O coelho e outros animais passavam os dias a troçar do sapo. Engendraram inclusive uma corrida. O sapo foi alertando para a «roda da sorte» e “(…) continuou saltitando com a lentidão do seu corpo acachapado, perdendo de vista o candimba que desaparecia veloz. No dia seguinte, o sapo, saltitando, saltitando, deu com o coelho parado, exactamente na mesma posição. A roda da sorte girara e ele perdera a sua elegante postura erguida do chão, que lhe permitia correr como qualquer outro animal. Adquirira uma curvatura no dorso, que o levava agora a alapar-se e a mover-se aos saltos como o sapo. (…)”.

         É assim a vida, PPC. Cautela com o boomerang das palavras e dos atos.

António Bondoso

Dez. 2023.