Paz precisa-se.
finalmente a Venezuela.
CORINA MACHADO merece o Nobel da Paz 2025.
Há oito anos, já com a «ditadura» cimentada e com o desplante de lhe chamarem «bolivariana, escrevi um poema simples mas - penso eu - esclarecedor sobre a trágica situação política e social na Venezuela, iniciada com Hugo Chávez e perpetuada com Maduro.
Podia ser em prosa? Podia. Mas talvez não fosse a mesma coisa.
«AI
VENEZUELA!
Ai
Venezuela, Venezuela.
Bolívar
enfrentou em dias épicos
Estrangeiros
opressores.
Mas hoje
quem sofre
Quem resiste
aos dissabores
É o povo
dividido,
Mártires
improváveis de ambições
E do poder
Que choram a
liberdade em casa a arder.
Ai
Venezuela, Venezuela,
Quem
banaliza o nome de Bolívar?
São chamas
que invadem a alma
Da pobreza e
da riqueza,
Tiques de
uma ditadura que congela
Pensamento e
ação, tanta certeza
Na ponta da
baioneta p’la calada
Ou de uma
dorida bastonada de aduela.
Ai Venezuela, Venezuela.»
António Bondoso
2017.