2017-05-01


É O TRABALHO EM LIBERDADE, É O TRABALHO EM DIGNIDADE!


É o trabalho.
Das nove às cinco ou de sol a sol – é o trabalho. Que dignifica, que sustenta, que faz mover o mundo em cada espaço que vive. E o trabalho é sempre trabalho, mesmo que seja temporário, mesmo que o vínculo entre as partes seja apenas parcial. O trabalho é um direito. O trabalho é uma responsabilidade das sociedades organizadas. Um Estado que não valoriza o trabalho…é, de certa forma, um Estado falhado. Tal como um Estado que se alimenta dos rendimentos de quem trabalha. Direta ou indiretamente. Suga, esmifra quem trabalha e o produto do feito. Foi desta circunstância que nasceu a expressão aquiliniana “Terras do Demo”. Os do fisco, de Lisboa ou a mando de Lisboa, só visitavam a “província” – nesse caso o interior beirão – vestidos com alma dos homens de fraque.
É o trabalho.
E que não se coloque o trabalho como oposição ao capital. Não é essa a questão como sabemos. O caso é a exploração desabrida do capital desumano, o problema está nesta globalização selvagem. Neste neoliberalismo que mata, mental e fisicamente. Explora, oprime e coloca o garrote na oportunidade mais certeira.
É o trabalho.
E que não se coloque o trabalho como oposição aos avanços tecnológicos. Essa é apenas uma parte da questão. Qualquer Estado de bem deve promover, ou ajudar a por em prática, a qualificação precisa para o equilíbrio sustentável. É o trabalho e a justa retribuição. É o trabalho em liberdade, é o trabalho em felicidade, é o trabalho…simplesmente. Tão importante como o ar que respiramos. E que seja um ar mais puro, o que vamos respirar neste 1º de Maio de 2017.
António Bondoso
Jornalista

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